GSI altera esquema de segurança e até Bolsonaro passa por raio-X
Novas regras foram adotadas após um sargento da FAB ser flagrado pela polícia da Espanha com 39 quilos de cocaína na bagagem
atualizado
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Após o constrangimento mundial causado pela prisão do sargento da Aeronáutica que transportava 39 quilos de cocaína em uma aeronave da comitiva presidencial, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) decidiu alterar as regras de segurança durante os deslocamento da comitiva da Presidência da República.
Nos últimos dias, até mesmo o chefe do Executivo nacional, Jair Bolsonaro (PSL), teve de ser submetido à revista mais rigorosa. Segundo informações confirmadas por dois assessores ao jornal O Estadão de S. Paulo, Bolsonaro teve de passar por detector de metais antes de embarcar para Belo Horizonte (MG) e São Paulo.
O segundo-sargento Manoel Silva Rodrigues foi detido pela polícia da Espanha quando tentava passar pela alfândega com a droga escondida dentro de uma mala. Foram encontrados 37 pacotes de um pouco mais de 1 kg cada, embalados com fitas nas cores bege e amarela.
Rodrigues foi preso pela Guarda Civil espanhola ao chegar ao aeroporto de Sevilha, na Espanha, em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). As fotos foram tiradas ao lado do equipamento de raio-X, logo que os agentes espanhóis detectaram a presença do entorpecente na mala de mão do militar.
Varredura
Na tarde da última segunda-feira (01/07/2019), a Polícia Civil e militares da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhados por cães farejadores, fizeram uma varredura no apartamento funcional do sargento, no Bloco K da 414 Sul, em Brasília. Na ocasião, documentos foram recolhidos.
A casa dele em Taguatinga também foi vistoriada. O cumprimento do mandado foi acompanhado pela atual esposa do militar detido na Espanha e por um advogado. Na oportunidade, foram apreendidos documentos, pen drives, notebook e celular. Não foram achados dinheiro, valores ou substâncias entorpecentes no local.