Grupo técnico não tratará da divisão de pasta da Justiça, diz Dino
Ministeriável, senador eleito Flávio Dino defendeu a integração de Justiça e Segurança Pública. GT se reúne nesta 5ª em Brasília
atualizado
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O ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB) disse, nesta quinta-feira (17/11), que o grupo técnico de trabalho da Justiça e Segurança Pública não vai tratar da possível separação da pasta. O grupo realiza sua primeira reunião nesta quinta, na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
O desmembramento da pasta é estudada pelo governo eleito, mas Dino, que é cotado para o cargo de ministro da área, defende a integração.
Questionado sobre o possível desmembramento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Dino respondeu: “É uma decisão que cabe ao presidente Lula. Não vamos tratar disso no grupo técnico, porque as opiniões são parecidas e antigas. Esse debate tem pelo menos 20 anos. O presidente Lula conhece as posições, e caberá a ele decidir. O grupo técnico vai tratar de política pública, de segurança na Amazônia, de crimes digitais, questão penitenciária, consumidor”.
O senador salientou que a decisão ficará a cargo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
“Vamos esperar a posição do presidente Lula, ele é o técnico. Jogador não escala time, quem escala time é técnico. A minha posição é que eu não sou presidente da República. Tecnicamente, eu sempre defendi o modelo de integração”, completou.
Enquanto Dino atua para evitar a divisão, juristas e advogados que também fazem parte do grupo temático defendem a separação das pastas.
Entre esses juristas, estão os advogados Cristiano Zanin, que defendeu Lula na Lava Jato e na campanha, Pedro Serrano e Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas.
Reunião com atual ministro da Justiça
Na tarde desta quinta, Dino e outros integrantes do GT de Justiça e Segurança Pública vão se reunir com o atual ministro da pasta, Anderson Torres, no Palácio da Justiça. A reunião foi demandada por Dino.
O senador disse que a reunião visa “estabelecer diálogo, que garanta o fluxo de informações, na diretriz dada pelo presidente Lula, de garantir a continuidade do serviço público”.