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Grupo das 10 empresas que mais empregam no Brasil muda com pandemia

O ranking tinha três empresas de telemarketing em 2019; em 2021, apenas uma; líder é o Banco do Brasil. Setor de farmácias está em alta

atualizado

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Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
Fotografia colorida do Ministério da Economia
1 de 1 Fotografia colorida do Ministério da Economia - Foto: Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles

O ranking das 10 empresas que mais empregam pessoas com carteira assinada no Brasil mudou significativamente entre 2019, último ano antes da pandemia de coronavírus, e 2021. O melhor exemplo é o do primeiro lugar há dois anos, que era da Atento Brasil, empresa de telemarketing. Ela caiu para oitavo neste ano.

O movimento mostra uma das tendências causadas pela pandemia de Covid-19. Antes dela, três empresas do setor de telemarketing estavam entre as 10 que mais tinham vínculos formais. Hoje, apenas uma está na lista. As informações são do Ministério da Economia e foram analisadas pelo (M)Dados, núcleo de análise de grande volume de informações do Metrópoles.

O ranking em 2021 é liderado por duas empresas estatais. Além do Banco do Brasil, com 120 mil vínculos formais, também está nela os Correios, com 117,5 mil funcionários. O gráfico a seguir mostra o ranking para 2021.

A lista é bem diferente da de 2019. O próximo gráfico traz os 10 primeiros lugares para o último ano antes da Covid-19.

Como é possível observar, apenas quatro empresas estão nas duas listas: Atento Brasil, BRF, Seara e Itaú. As mudanças revelam bem as mudanças no mercado de trabalho durante a pandemia, aponta o professor do departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Alberto Ramos.

“Um problema da pandemia é que tem choques setoriais. Alguns setores estão crescendo e outros são muito afetados”, explicou. Um exemplo na lista é o da Raia Drogasil, rede de farmácias que engloba as marcas Drogaraia, Drogasil e Drogaria Onofre.

Já entre os setores mais penalizados, o que se destaca é o de telemarketing. Nesse ponto, a pandemia pode ter acelerado uma tendência que já existia no setor, o de automação. “A substituição de mão de obra por capital [máquinas ou robôs] é uma tendência latente no ramo. A pandemia muito provavelmente acelerou isso”, pontuou.

Essa questão traz um dilema para o pós-pandemia, quando ele chegar. “As pessoas que ficaram desempregadas estão preparadas para ocupar vagas que serão criadas em outros setores? Essa mudança tem um custo econômico e pessoal”, explicou.

Uma mudança que já está acontecendo, sustenta, é o da saída do mercado formal para o informal, com aplicativos de entrega. “É um setor muito penalizado, não tem garantia de emprego. Tem toda uma legislação para preservar posto de trabalho no setor formal, mas isso não vale para o informal”, conclui.

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