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Grupo criado por Toffoli e Dodge vai acompanhar tragédia de Brumadinho

“Fazer Justiça é dar uma resposta adequada para a dor que estão sofrendo”, afirmou a procuradora-geral da República

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
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1 de 1 dodge - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (31/1), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anunciaram a formação de um grupo para acompanhar ações que visam diminuir a dor das famílias atingidas pela tragédia de Brumadinho (MG). Acelerar as decisões judiciais referentes caso fazem parte das medidas que terão atenção da equipe.

“Trabalharemos juntos para coordenar as ações e os poderes envolvidos, das justiças e dos ministérios públicos envolvidos”, explicou Toffoli. Segundo ele, o objetivo do observatório é “agir em conjunto na procura de soluções”.

O ministro prometeu ainda que o grupo de trabalho irá colaborar com o acompanhamento de outras tragédias já registradas no país. “Não só esse, mas outros casos de impacto serão objetos desse observatório. Essa é uma comissão que foi criada agora e fará o acompanhamento dessas questões. Se necessário, vamos chamar as várias justiças e ministérios públicos em conjunto para ter mais celeridade”, completou o presidente do Supremo.

Dodge falou rapidamente, reiterando que “fazer Justiça é dar uma resposta adequada para a dor que todos estão sofrendo”. Mais cedo, a procuradora já havia se reunido com representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e das famílias afetadas pelo rompimento das unidades em Brumadinho e também em Mariana (MG), ocorrida em novembro de 2015. Emocionada, prometeu ações eficazes.

Desastre
A barragem Mina Feijão, em Brumadinho, rompeu-se por volta das 13h de sexta-feira (25/1). O vazamento de lama fez com que uma outra barragem da Vale transbordasse. O restaurante da companhia foi soterrado, assim como o prédio administrativo da mineradora.

A lama se espalhou pela cidade, e moradores precisaram deixar suas casas. Equipes de bombeiros e da Defesa Civil foram mobilizadas para a área e estão em busca de vítimas. Tanto o governo federal quanto o local (do município e do estado) montaram gabinetes de crise e deslocaram autoridades para a região. Até agora, 99 mortes foram confirmadas.

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros, apesar de remota, ainda existe a possibilidade de os socorristas encontrarem pessoas com vida. Eles têm usado cajados e se arrastado pela lama em busca de sobreviventes e corpos. A estimativa é que os trabalhos durem ao menos até julho. Os bombeiros explicam que o serviço está sendo feito em etapas.

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