Gripe aviária: estação ecológica é interditada após morte de cisnes
Estação Ecológica de Taim foi fechada para público e visitantes após 36 cisnes serem encontrados mortos, com suspeita de gripe aviária
atualizado
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A Estação Ecológica de Taim, no Rio Grande do Sul, foi interditada após 36 cisnes serem encontrados mortos no espaço. A suspeita das autoridades é que as mortes tenham sido causadas por gripe aviária.
A entrada de pesquisadores e visitantes no local já é proibida desde sexta-feira (28/5). Por nota, a Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul diz que interditou a Estação Ecológica para evitar a disseminação da doença, que “aguarda o diagnóstico do exame” feito nas aves mortas e “segue com as ações de vigilância e educação sanitária, principalmente com o monitoramento de aves”.
Se confirmados, esses seriam os primeiros casos de gripe aviária a serem registrados no estado.
Os 36 cisnes-de-pescoço-preto foram encontrados mortos por uma equipe da estação na Lagoa Mangueira. O caso foi notificado ao Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemav) e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Os dois órgãos fizeram coletas de amostras das aves mortas e o material foi enviado para São Paulo, onde o Mapa fará a análise. O prazo é para que o resultado saia em 72 horas.
Com quase 33 mil hectares, a Estação Ecológica de Taim é uma das maiores áreas ambientais do mundo. O espaço abriga centenas de espécies de animais.
O Ministério da Agricultura declarou estado de emergência zoosanitária por 6 meses por causa da gripe aviária em 22 de maio, que teve os seus primeiros casos registrados no país no dia 15. Até agora, dez casos foram confirmados em aves no Brasil, oito foram no Espírito Santo e dois no Rio de Janeiro.
Até o momento, não há casos registrados em humanos. “A cooperação busca evitar a transmissibilidade entre animais e humanos, e realizar ações para reduzir impactos ambientais em razão da contaminação de aves”, informou o Ministério da Saúde, em nota.