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Greve geral contra Previdência atinge 26 estados e o DF. Confira

O governo federal chegou a prever que o movimento seria “um fiasco”. Manifestação, porém, teve caráter nacional e mexeu no cotidiano do país

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Greve geral contra Previdência
1 de 1 Greve geral contra Previdência - Foto: JF DIORIO/ESTADAO CONTEUDO

A greve geral convocada pelas centrais sindicais atingiram 26 estados do Brasil e o Distrito Federal (DF) nesta sexta-feira (14/06/2019). Os protestos foram contra a aprovação da reforma da Previdência e o contingenciamento de verbas na Educação. Esse é o terceiro ato de grandes proporções em um pequeno intervalo de tempo: o primeiro foi no dia 15 (contra o bloqueio orçamentário na Educação) e o outro no dia 26 do mês passado (a favor do governo Bolsonaro e suas medidas).

O governo federal chegou a prever que a greve geral seria um “fiasco”, com pouca representatividade e efeito pequeno na rotina do país. Aliados do Palácio do Planalto passaram os últimos dias articulando para que, nas redes sociais, simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PSL) combatessem qualquer tentativa de enaltecer as manifestações por militantes da oposição.

O Metrópoles conversou com diversos parlamentares do PSL e da base do governo. Muitos compartilharam a palavra “fiasco” para definir o evento.

Confira destaques dos atos pelo país:

Distrito Federal
A greve geral paralisou alguns serviços essenciais no Distrito Federal. Várias categorias chegaram a ser alvo de série de liminares expedidas pela Justiça, determinando a manutenção integral ou parcial dos serviços. No entanto, algumas não cumprirão a decisão.

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Os rodoviários decidiram parar, descumprindo a liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de manter toda a frota em funcionamento. A multa por descumprimento é de R$ 100 mil por empresa afetada.

Com uma greve que já dura 46 dias, os metroviários mantiveram o esquema em vigor nas últimas semanas: 75% do efetivo nos horários de pico e 30% nas demais horas do dia.

As escolas públicas não funcionaram e os professores decidiram fazer uma assembleia nesta sexta-feira. Além de apoiarem o movimento nacional, eles foram à Praça do Buriti, nesta manhã, pedir reajuste salarial e o cumprimento da meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE).

A Secretaria de Educação informou, por meio de nota, que as aulas não ministradas durante a paralisação deverão ser repostas em datas a serem definidas pelas direções das escolas, ainda no segundo bimestre.

No horário de pico, o trânsito atrapalhou a volta para casa dos brasilienses. A Rodoviária do Plano Piloto não estava funcionando e o trânsito ficou intenso em diversos pontos da cidade.

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São Paulo
Na capital paulista, os manifestantes fecharam a Avenida Paulista para protestar. Transportes públicos tiveram paralisação parcial. Entre os manifestantes encontra-se uma grande placa escrita “Fora Bolsonaro”. Um grupo organizou uma partida de futebol que era arbitrada por um manifestante que representava o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

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Guilherme Boulos, Fernando Haddad e Eduardo Suplicy estavam presentes

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Em Guarulhos, bloqueio começa na Rodovia Hélio Smidt. Agentes da Polícia Rodoviária Federal usaram spray de pimenta contra os manifestantes.

Minas Gerais
O metrô de Belo Horizonte não funcionou na manhã desta sexta. Já os ônibus circularam normalmente.

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Funcionários da Refinaria Gabriel Passos em Betim, na Grande Belo Horizonte, fizeram manifestação na BR-381, nos dois sentidos da estrada, alternadamente. Manifestantes do Povo Sem Medo e do MTST também bloquearam a BR-050, na cidade de Uberlândia.

Rio de Janeiro
No Rio, o transporte público, incluindo ônibus, trens e metrôs, funcionava normalmente no início da manhã. No entanto, alguns pontos do estado registraram protestos – que cresceram à tarde e no início da noite.

Na capital fluminense, manifestantes reclamam da repressão feita pela tropa de choque, que utiliza bombas de gás para contenção dos atos. “O que é isso, cara? Este é o treinamento que você teve?”, reclama um manifestante ao policial, em vídeo gravado na manhã desta sexta. Em seguida, o câmera garante que o ato é pacífico e que a polícia “está jogando granada nas pessoas”.

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Ainda pela manhã ocorreram alguns incidentes como o atropelamento de cinco manifestantes em Niterói, na Região Metropolitana e um confronto de manifestantes e PMs, no Centro do Rio.

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Rio Grande do Sul
A greve geral foi marcada por protestos e bloqueios em frente às garagens de ônibus de Porto Alegre e cidades da região metropolitana, Vale do Sinos e região da Serra.

Policiais Militares usaram bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes, que revidaram com pedras. Na ação, alguns PMs ficaram feridos e ao menos 50 pessoas foram detidas em razão dos transtornos causados.

Por volta das 6h45, na zona leste da capital gaúcha, manifestantes realizaram barricadas com queima de pneus na avenida Bento Gonçalves (sentido bairro-centro), o que prejudicou o trânsito no local.

Bahia
Ônibus e trens não circularam no início da manhã em Salvador, mas o funcionamento do metrô não sofreu alterações. Manifestantes fecharam vias da cidade e um coletivo chegou a ser atacado por pedras.

Rio Branco
As manifestações começaram na madrugada por todas as cidades do estado. Os manifestantes bloquearam a BR- 364 na região no distrito industrial para impedir que ônibus saíssem da garagem. O transporte público foi afetado na parte manhã. Os protestos seguiram para o centro da cidade na praça da Revolução.

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