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Greve em SP: após dois dias, sindicato suspende paralisação

A Prefeitura aceitou o pagamento da participação nos lucros para funcionários. Valores serão depositados até a próxima quarta-feira

atualizado

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FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO
greve de ônibus SP
1 de 1 greve de ônibus SP - Foto: FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO

A paralisação dos ônibus em São Paulo, iniciada na quinta-feira (05/09/2019), foi suspensa após o SindMotorista – que representa a categoria – aceitar o pagamento da participação nos lucros e das empresas, que era uma das demandas da categoria. O valor, pelo acordo, deve ser pago até a próxima quarta-feira (11/09/2019). A Prefeitura recuou ainda da proposta de extinguir a função de cobrador e reduzir a frota.

O presidente do sindicato dos motoristas e deputado federal, Valdevan Noventa (PSC-SP), disse que não haverá desconto na folha de pagamento de quem participou da greve. “Agradeço a confiança da categoria e o protesto está suspenso, porque o poder público cedeu e não terá desemprego para os trabalhadores”, afirmou.

O sindicalista negou, ainda, que o movimento tenha sido coordenado pelas empresas, que não queriam ter a frota, e consequentemente os repasses, reduzidos. Nesta sexta, o prefeito paulistano Bruno Covas disse que havia suspeita de locaute, que é a suspensão dos trabalhos por parte dos patrões, não dos funcionários.

Ao longo do dia, a cidade enfrentou congestionamento em todas as regiões. Segundo dados da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET), na zona norte da cidade, por volta das 16h, havia 30 km de lentidão. Já na zona oeste, 23 km. No centro de São Paulo, região atendida com fartura pelo metrô, havia apenas 7 km de lentidão. Na zona leste, eram 14km, enquanto na zona sul, 22 km. Ao todo, foram registrados 96 km de trânsito.

Mesmo com o fim da paralisação por conta da greve, os coletivos ainda rodaram de forma parcial. Segundo informações da São Paulo Transporte (SPTrans), 18 linhas da Sambaíba, uma das concessionárias, não estão circulando. Em função da paralisação, a Prefeitura suspendeu o rodízio de veículos.

Mais cedo, o SPTrans conseguiu decisão favorável da Justiça do Trabalho para que 70% da frota de ônibus circulasse nos horários de pico: das 6h às 9h e das 16h às 19h. O descumprimento da determinação podia acarretar em multa de R$ 100 mil por dia.

Por volta das 9h10 desta sexta, os motoristas fizeram um protesto em frente à sede da Prefeitura, com ônibus vazios bloqueando um viaduto. O Terminal D. Pedro II, no Centro, um dos principais da cidade com 79 linhas, foi bloqueado às 8h20. Nos outros terminais, a operação foi parcial. (Com informações da Agência Estado)

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