Greve dos caminhoneiros segue sem bloqueios, mas com protestos
Polícia Rodoviária Federal identificou manifestações e depredações, por exemplo, no Porto de Santos
atualizado
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Em um novo boletim sobre a greve dos caminhoneiros, o Ministério da Infraestrutura informou, nesta segunda-feira (1º/11), que não houve registros de bloqueio parcial ou total de rodovias até as 9h desta manhã.
Além das movimentações dispersadas em Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo, Goiânia e Ceará, a pasta assinalou no comunicado que, durante a madrugada, no Porto de Santos, em São Paulo, foram registrados atos de vandalismo na rodovia que dá acesso ao local.
“Criminosos lançaram pedras em veículos que transitavam e danificaram um carro guincho da concessionária Ecovias. A Polícia Rodoviária Federal fez a escolta de cerca de 25 caminhões durante a noite evitando qualquer retenção na via. Desde o início da manhã, não há mais registros de vandalismo, e o trânsito flui sem problemas. O porto opera normalmente”, informou a Infraestrutura.
Foi relatado que houve, na BR-101, em Pernambuco, na altura de Jaboatão dos Guararapes, manifestação que interditou parcialmente a via. O protesto, no entanto, não teve relação com as pautas dos caminhoneiros, segundo a nota.
“Essa ocorrência não tem a ver com a mobilização dos caminhoneiros. Trata-se de uma manifestação popular sobre uma pauta local. A PRF já está atuando para liberar.”
Greve dos caminhoneiros
Enfurecidos pelos constantes reajustes no preço do diesel e insatisfeitos pela falta de diálogo com o governo federal, caminhoneiros autônomos de todo o Brasil tentam promover, a partir desta segunda-feira (1°/11), greve que traga consequências palpáveis à economia do país e obrigue as autoridades a ceder aos apelos da categoria.
A maioria das lideranças rechaça publicamente eventual bloqueio das rodovias por parte dos grevistas, mas essa possibilidade é o que mais preocupa o Ministério da Infraestrutura, que foi à Justiça e obteve liminares em 20 estados para impedir a prática.
Apesar da ofensiva do governo federal, o movimento mantém a pretensão de paralisar nesta segunda e demonstra irritação com o ministro Tarcísio de Freitas. O chefe da pasta da Infraestrutura tem dado várias declarações minimizando os riscos da greve – e causando ainda mais revolta nos profissionais estradeiros.