Greenfield cobra R$ 1,3 bi por fraudes na Funcef, Petros e Previ
Uma ação de improbidade administrativa enviada à Justiça, nessa quinta-feira (30/05/2019), acusa 34 pessoas, além das empresas Global Equitity e Atlantes Projetos, pelas fraudes realizadas entre 2009 e 2014
atualizado
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A Força-Tarefa Greenfield quer que os envolvidos em investimentos fraudulentos em fundos de Previdência complementares da Caixa, da Petrobras e do Banco do Brasil devolvam aos cofres públicos R$ 1,3 bilhão como reparação aos prejuízos causados a Funcef, Petros e Previ.
Uma ação de improbidade administrativa enviada à Justiça nessa quinta-feira (30/05/2019) acusa 34 pessoas, além das empresas Global Equitity e Atlantes Projetos, pelas fraudes realizadas entre 2009 e 2014.
Segundo os procuradores, os investimentos dos fundos de pensão em empresas de empreendimentos imobiliários comerciais ou residenciais “dilapidaram o patrimônio aportado” e causaram prejuízo aos investidores.
A força-tarefa destaca que o mecanismo de execução das irregularidades foi semelhante nos três casos: os cotistas foram induzidos a pagarem valores pelas participações nos fundos.
Entretanto, os investimentos assumidos eram de altíssimo risco e não observavam princípios de transparência, prudência, segurança e análise como determinavam os próprios manuais de investimento das entidades de Previdência.
Na ação enviada à 22ª Vara de Justiça Federal, os procuradores destacam a aplicação de recursos em sociedades de propósito específico que nem sequer saíram do papel ou que tiveram preços superfaturados em mais de 500%, bem como a identificação de desvios na construção dos empreendimentos.
Além disso, a investigação apontou a falsificação de quatro laudos de avaliação que induziram a erro os integrantes do comitê de investimento. A sobreprecificação chegou a alcançar R$ 27 milhões em um dos casos.