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Grande parte de solo do RS não absorve mais água, aponta mapeamento

A saturação de umidade do solo representa maior dificuldade de infiltração da água na terra, aumentando o risco de inundações

atualizado

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Reprodução/LAPIS
Imagem colorida. Mapa sobre saturamento de umidade do solo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida. Mapa sobre saturamento de umidade do solo - Metrópoles - Foto: Reprodução/LAPIS

Nesta quinta-feira (24/5), o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) publicou mapeamento que mostra que grande parte do solo do Rio Grande do Sul está saturado de umidade e não consegue mais absorver água.

Após as fortes chuvas dos últimos dias, o Rio Grande do Sul já tinha diversas áreas com a taxa de umidade do solo no limite da saturação, em torno de 1 cm³/cm³. As regiões com alta saturação estão sinalizadas com azul mais intenso no mapa. (foto em destaque)

Ao G1, o professor Humberto Barbosa, coordenador do Lapis, conta que nas áreas sinalizadas com azul intenso, o solo já não consegue mais absorver água, fazendo com que toda a água da chuva escoe superficialmente, aumentando o risco de inundações.

“Quando o solo está muito úmido, sua capacidade de absorver mais água, como faria uma esponja, diminui. Isso acontece porque o solo já está saturado; ele não está apenas úmido, mas atingiu seu limite de saturação, como uma esponja completamente encharcada”, explica Barbosa.

O mapeamento mostra que algumas regiões do Rio Grande do Sul estão em uma condição mais favorável, no qual mostra que o solo seco tem a capacidade de absorver água. “Se Porto Alegre estivesse com o solo seco, essa água já teria percolado, ou seja, teria infiltrado no subsolo, alimentando o lençol freático com a água que vem da superfície”, frisa o pesquisador.

Chuvas

As chuvas no Rio Grande do Sul voltaram a prejudicar diversos municípios. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), foram registrados, nas últimas 24 horas, os maiores acumulados de precipitações em várias regiões do estado gaúcho. Viamão computou 123,6 mm, enquanto Porto Alegre teve 114,1 mm, e Gravataí, 100,4 mm.

As águas voltaram a inundar as vias de Porto Alegre nessa quinta-feira (23/5), resultando na suspensão das aulas tanto nas escolas públicas quanto nas particulares nesta sexta-feira (24). Segundo o Cemaden, 28 municípios foram atingidos com fortes chuvas.

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