metropoles.com

Governos do Nordeste pedem “tratamento igualitário” para sanar dívida

Fátima Bezerra, presidente do consórcio, disse ter “perfil de endividamento bem inferior”, em comparação a estados de outras regiões

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
Evento Nordeste em Pauta - Metrópoles
1 de 1 Evento Nordeste em Pauta - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Governadores do consórcio do Nordeste se reuniram, na tarde desta quarta-feira (3/4), com os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais), no Palácio do Planalto, para discutir a questão da dívida dos estados.

Durante o encontro, foram apresentadas alternativas para minimizar os impactos da mudança na cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pelos estados. Medida aprovada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) reduziu a incidência do tributo sobre os combustíveis.

A governadora do Rio Grande do Norte e presidente do consórcio Nordeste, Fátima Bezerra (foto em destaque), falou que os estados dessa região apresentaram algumas propostas para minimizar o impacto da mudança na legislação do ICMS feita em 2022.

Além disso, a governadora fez comparações com os governos do Sul e Sudeste, recebidos na última semana para uma conversa semelhante com membros do Planalto.

“Os estados do Sul e do Sudeste já iniciaram esse diálogo com o governo federal, o que é legítimo. Esses estados têm um superendividamento, o que não é o caso dos estados do nordeste. O nosso perfil de endividamento é bem inferior, mas o nordeste entende que temos que ter um tratamento igualitário”, afirmou.

Outra demanda da reunião, segundo a presidente do consórcio, é a equivalência do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e foi cobrado o avanço de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) “da equivalência salarial entre o FPE e o FPM, de forma escalonada, nos próximos cinco anos”.

A respeito dos precatórios, Fátima cobrou pela “reestruturação no parcelamento de pagamento desses precatórios”.

Investimento na educação

Haddad propôs, em reunião no fim de março, uma redução das dívidas do Sul e Sudeste caso os estados invistam na educação, especialmente no ensino médio.

A ideia é, de 2025 a 2030, promover uma diminuição temporária nos juros aplicados aos contratos de refinanciamento. Além disso, se as propostas do plano forem cumpridas, a redução na taxa de juros se tornaria permanente.

Dos estados presentes, quatro são responsáveis por 90% das dívidas das unidades da Federação (cerca de R$ 660 bilhões). São eles: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Os governos estaduais sem dívidas com a União também poderiam integrar o programa para investir na educação, sendo que esses teriam acesso prioritário a financiamentos.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?