CNI-Ibope: governo Temer tem 79% de reprovação
Este é o pior índice de um presidente desde que a pesquisa começou a ser feita em 1986. Combate à fome e à inflação são os maiores problemas
atualizado
Compartilhar notícia
A avaliação do governo de Michel Temer piorou desde abril, chegando a 79% de desaprovação de acordo com a pesquisa CNI-Ibope divulgada na manhã desta quinta-feira (28/6). Apenas 4% dos entrevistados consideram que o presidente faz um ótimo ou bom trabalho e 16% avaliam sua gestão como regular. Já 1% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
Na pesquisa anterior, 72% da população considerava o governo como ruim ou péssimo, 21% avaliaram como regular e 5% como ótimo ou bom. Desde 1986, quando a primeira pesquisa foi feita, com o ex-presidente José Sarney, este é o ano com maior desaprovação e menor aprovação de gestão de governo.
Vale ressaltar a maior insatisfação na população jovem. Entre 16 e 24 anos, os entrevistados fizeram subir 10 pontos o nível de insatisfação. Em oposição, estão os menos instruídos, com educação até o 4º ano do ensino fundamental. São 11% que dizem confiar no governo Temer, contra 86% que não confiam. 10% aprovam sua maneira de governar; 86% desaprovam.
Em comparação ao governo da ex-presidente Dilma Rousseff, 78% avaliam o governo Temer pior em relação ao da petista no Nordeste. Na mesma região, vislumbrando a performance do presidente até o final do mandato o governo do mdbista será “ruim ou péssimo” para 83% dos participantes da pesquisa.
São nove áreas de atuação consultadas e no geral, 75% dos entrevistados desaprovam a gestão Temer. A área de impostos traz o maior nível de desaprovação, com 92%. O menor índice de desaprovação é na área de meio ambiente, com 76% de desaprovação. Educação e segurança pública têm 83%, assim como o combate à inflação. Combate à pobreza e fome tem 84% de desaprovação e saúde, 88%. Baseados em noticiários, a porcentagem de percepção desfavorável ao governo cresceu de março a junho, de 24% para 51%.
A greve dos caminhoneiros foi lembrada por 12% dos entrevistados, enquanto greves em geral, foram citadas por 17% dos participantes da pesquisa. A corrupção é lembrada por outros 17% e o aumento no valor dos combustíveis registrou 8% na pesquisa.