Governo tem apoio da Febraban para lançar o Desenrola: “Papel essencial”
Promessa de campanha de Lula, o Programa Desenrola deverá negociar dívidas e possibilitar o retorno dos inadimplentes ao mercado
atualizado
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou nesta segunda (17/4) o seu apoio ao Programa Desenrola, criado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para renegociar dívidas dos brasileiros inadimplentes.
“O programa cumpre o papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas. Acreditamos que, por meio do Desenrola, o crédito, um dos principais motores de crescimento de uma economia, possa ser concedido com responsabilidade e dentro das necessidades dos tomadores”, destacou a Febraban em nota.
Durante a campanha eleitoral, o presidente prometeu negociar dívidas de pessoas que estejam inadimplentes em até R$ 4 mil. “Hoje temos 80% da sociedade endividada. É por isso que anunciamos que vamos renegociar essas dívidas. Muita gente deve água, luz. Vamos dar um jeito de renegociar as dívidas para as pessoas voltarem a comprar”, afirmou Lula na época.
Entenda o Programa Desenrola
Lula anunciou o Programa Desenrola para possibilitar o retorno das pessoas endividadas ao mercado. A proposta deve atingir cerca de 40 milhões de brasileiros que possuem dívidas, principalmente com o cartão de crédito.
O governo federal irá disponibilizar um fundo garantidor de até R$ 20 bilhões para a renegociação de dívidas dos brasileiros, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
A princípio, o projeto irá atingir a população que ganhar dois salários mínimos mensais e que suas dívidas somadas chegam em até R$ 5 mil. Para ser beneficiado pelo programa, as dívidas devem ter um atraso de mais de 180 dias e serem contraídos até o final do ano passado.
Além das pessoas endividadas, o governo federal também pretende incluir pequenas empresas no Desenrola, mas ainda não há mais detalhes sobre como irá funcionar a negociação de dívidas.