Governo quer se reunir com relator e votar arcabouço na semana que vem
Apesar de dificuldades em montar uma base no Congresso, governo Lula quer votar logo o novo arcabouço fiscal na Câmara
atualizado
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera descolar o projeto do novo arcabouço fiscal das dificuldades de relacionamento com o Congresso e votar o texto na Câmara já na próxima semana.
O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, disse nesta segunda-feira (8/5) que vai pedir uma reunião com o relator do projeto na Câmara, deputado federal Claudio Cajado (PP-BA), antes que ele entregue seu texto para votação. “Ele tem dito que pretende entregar nesta semana, no dia 10 [quarta] ou dia 11 [quinta] e vamos buscar uma reunião antes disso”, disse ele.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também deve participar dessa reunião, cujo objetivo é advogar com o relator pela manutenção dos principais pontos do arcabouço fiscal elaborado pelo governo.
Cajado tem se reunido com lideranças partidárias e já indicou que deve incluir no seu parecer a sugestão de bloqueios de despesas do governo obrigatórios. Porém, assim como prevê o texto elaborado pela equipe de Haddad, sem a previsão de considerar crime de responsabilidade para os gestores caso as metas fiscais não sejam alcançadas.
Otimista, Alexandre Padilha prevê que será possível votar o texto na próxima semana na Câmara. “Queremos manter o calendário e ter o novo marco fiscal aprovado na Câmara e no Senado até o final do primeiro semestre, antes do envio [pelo governo ao Congresso] da proposta orçamentária do ano que vem”, disse o ministro, que aposta ainda na votação de uma reforma tributária pela Câmara antes do recesso do meio do ano.