metropoles.com

Governo quer liberar mais de R$ 3 bilhões para ministérios

O governo deve gastar menos do que previa com o pagamento de benefícios, o que abre espaço dentro do teto de gastos

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo revisou as projeções de despesas para este ano e deve liberar mais de R$ 3 bilhões para ministérios e outros órgãos federais, segundo apurou o ‘Estadão / Broadcast’. A 18 dias das eleições, a nova margem para gastos abre espaço a negociações políticas pela distribuição desses recursos.

O governo deve gastar menos do que previa com o pagamento de benefícios previdenciários, abono salarial, seguro-desemprego e subsídios. Essa diferença vai abrir espaço dentro do teto de gastos para realocar essa verba para outras áreas, atendendo a demandas de órgãos sufocados pela falta de recursos. O teto de gastos é o mecanismo que proíbe que as despesas cresçam em ritmo superior à inflação.

A equipe econômica tem até sexta-feira (21/9) para revisar os dados e publicar o relatório de avaliação de receitas e despesas do 4.º bimestre deste ano. Os números foram discutidos na terça-feira (18/9), pela Junta de Execução Orçamentária, que reúne os ministros da Casa Civil, Fazenda e Planejamento. O valor pode ficar mais próximo dos R$ 4 bilhões, a depender das avaliações que serão feitas nos próximos dias. O decreto que libera os recursos será publicado até o próximo dia 30.

Pela regra do teto, apenas uma revisão nos gastos é capaz de dar espaço a novas despesas. Mesmo que haja arrecadação acima do esperado, essas receitas só podem ajudar no resultado primário (gerando um déficit menor que os R$ 159 bilhões permitidos pela meta fixada pelo governo) ou bancar despesas fora do teto, como é o caso de capitalização de estatais. Como a arrecadação de julho veio melhor que as estimativas do governo, a “folga” em relação à meta também deve aumentar.

Pedidos emergenciais
Em maio, o governo já havia liberado R$ 2 bilhões. Em julho, o governo só conseguiu liberar R$ 666 milhões em relação ao teto, ante uma lista de pedidos dos ministérios bem maior, que passava dos R$ 10 bilhões. A prioridade na ocasião foi atender a pedidos emergenciais, como recursos necessários para manter o funcionamento de agências do INSS. Houve inclusive cancelamento de algumas despesas não realizadas até o momento para dar lugar a demandas mais urgentes.

A avaliação no governo é de que a restrição de recursos ainda impõe muitas dificuldades aos órgãos, daí a necessidade de liberar os limites dentro do teto de gastos. Mas o dinheiro só poderá ser remanejado porque houve revisão nas projeções de despesas obrigatórias. No último relatório, a equipe econômica previa um gasto de R$ 594,1 bilhões com benefícios do INSS e de R$ 56,9 bilhões com abono e seguro-desemprego. Já a projeção de despesas com subsídios estava em R$ 20,6 bilhões.

As despesas com custeio da máquina, por sua vez, estavam estimadas em R$ 81,9 bilhões, patamar considerado baixo diante da necessidade dos órgãos. Já os investimentos eram projetados em R$ 31,1 bilhões no 3.º bimestre. A distribuição dos recursos a serem liberados será feita posteriormente, conforme as prioridades dos ministérios.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?