Governo quer intensificar destruição de patrimônios de garimpeiros na terra Yanomami, afirma Dino
Ministro da Justiça, Flávio Dino, quer fortalecer medidas para retirada de garimpeiros ilegais da terra indígena Yanomami
atualizado
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O ministro da Justiça, Flávio Dino, quer intensificar a ação das forças de seguranças na terra indígena Yanomami para retirada de garimpeiros ilegais da região. O governo federal atua na região desde janeiro para tentar conter o avanço da crise sanitária e a invasão do território protegido.
Em entrevista ao Metrópoles Entrevista, nessa segunda-feira (10/4), Dino destacou a importância da destruição dos equipamentos ligados aos garimpeiros ilegais para impedir uma reocupação da terra indígena.
“Inclusive prisões de flagrante, prisões em flagrante intensificação da destruição de equipamentos. Então é fazer com mais incisividade aquilo que a gente já vinha fazendo e o fechamento do espaço aéreo, que agora realmente é definitivo, até que haja a desocupação plena. Posteriormente, nós teremos um debate que nós precisamos fazer no âmbito do Ministério dos Povos Indígenas, que é como evitar a reocupação”, afirmou o ministro da Justiça.
A Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou, em fevereiro, o controle do espaço aéreo sobre a terra indígena Yanomami, em Roraima, para evitar a entrada de garimpeiros ilegais na região.
A Operação Yanomami, composta pelas Forças Armadas, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), destruiu mais de 200 acampamentos de garimpeiros ilegais dentro da terra indígena. Na última quinta-feira (6/4), os agentes desativaram um corredor aéreo, aberto em fevereiro para a saída voluntária dos invasores.
Emergência Yanomami
O Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública, em 20 de janeiro, para enfrentar a crise sanitária vivida pela população Yanomami.
Entre as consequências da presença dos garimpeiros na terra indígena, está a contaminação por mercúrio provocada pela exploração ilegal de minérios. Com a degradação do solo e da água, as comunidades tiveram um aumento nos casos de desnutrição e malária.