Governo quer implantar 128 unidades de telessaúde até o fim do ano
Programa possibilita o atendimento médico em regiões de fronteira e zonas rurais. Cristalina (GO) tem unidade piloto
atualizado
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Cristalina (GO) – Os ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Defesa, general Walter Braga Netto, anunciaram que o governo federal pretende expandir o Programa Telessaúde do Brasil para 128 unidades de saúde. Na prática, o projeto permite o atendimento médico de forma remota por meio da internet
Nesta quinta-feira (17/6), Queiroga e Braga Netto visitaram Cristalina, município goiano que fica a 135 km de Brasília. O programa é testado em uma unidade de saúde da cidade.
O projeto-piloto começou há quatro meses e está em implantação em 14 cidades goianas. Somente no posto onde o programa é testado, cerca de 20 mil pessoas podem ser atendidas.
O governo pretende expandir esse tipo de atendimento para estados como Paraná, Mato Grosso, Acre, Amazonas, Roraima, Mato Grosso do Sul e Pará.
Segundo o ministro da Defesa, a iniciativa busca levar atendimento médico para comunidades remotas e com baixo índice de desenvolvimento humano.
“Vivi a dificuldade de atendimento básico em locais remotos, como na Amazônia, mas também no Rio de Janeiro, à época da intervenção. Trata-se de um serviço de excelência que proporciona maior agilidade no atendimento. Neste período da pandemia também acolher os casos de Covid-19”, ponderou.
Na prática, o programa proporciona o atendimento médico em áreas remotas, como regiões de fronteira e zonas rurais. Um dos exemplos de atendimento é a triagem, que em um único aparelho é possível medir 17 parâmetros de saúde, como pressão arterial, batimento cardíaco, gasometria, etc.
Exames para detecção da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, dengue, testes oftalmológicos e consultas ginecológicas, pediátricas, cardiológicas podem ser realizadas.
A intenção do Ministério da Saúde com o programa é reduzir os custos e o tempo de espera para consultas com especialistas. Pela telemedicina o paciente não precisa se deslocar da região onde mora para oura localidade a fim de ser recebido por um médico.
Queiroga salientou que a saúde é um direito de todos e que deve atingir todos os brasileiros.
“A telessaúde faz isso. Cerca de 9% da nossa população vive em áreas remotas, com o desenvolvimentos das tecnologias elas ficarão interligadas. A tecnologia é sem dúvida parte fundamental [no aumento de assistência]. Planejamos até o fim do ano ter 128 unidades como essas em funcionamento. É uma ação prioritária”, concluiu.
O secretário municipal de Saúde de Cristalina, Ednardo Gonçalves Ribeiro, ressaltou a importância do projeto para a ampliação da assistência médica.
“O programa diminui a distância entre o paciente e o especialistas. Com isso, se economiza tempo e dinheiro. Da zona rural até a sede de Cristalina são 110 km, por exemplo. Esse percurso não precisa ser feito com esse tipo de atendimento”, destacou.
*O repórter viajou a convite dos ministérios da Saúde e da Defesa.