Governo quer criptografia nacional para melhorar segurança na web
Bolsonaro decretou uma série de estratégias para segurança cibernética durante o quadriênio 2020/2023
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno, publicaram um decreto sobre mudanças na Estratégia Nacional de Segurança Cibernética (E-Ciber) — conjunto de medidas focadas na segurança cibernética durante o quadriênio 2020/2023.
A principal medida é a adoção de soluções nacionais de criptografia — conjunto de princípios e técnicas para cifrar a escrita e torná-la ininteligível para os que não tenham acesso ao código.
Entre outras medidas está a realização der fóruns de governança, a adoção de padrões internacionais no desenvolvimento de novos produtos e combater a pirataria de software. O decreto foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (06/02/2020).
Mais de quarenta órgãos e entidades do Governo, além de instituições privadas e do setor acadêmico elaboraram as 10 ações do governo federal para tornar o país mais seguro no ambiente digital.
A nova norma tem o objetivo de tornar o Brasil mais seguro e confiável no ambiente digital, aumentar a resiliência às ameaças cibernéticas e fortalecer a atuação em segurança cibernética no cenário mundial.
Veja medidas para tornar o país mais seguro no mundo digital:
- Fortalecer as ações de governança cibernética
- Estabelecer um modelo centralizado de governança no âmbito nacional
- Aprimorar o arcabouço legal sobre segurança cibernética
- Incentivar a concepção de soluções inovadoras em segurança cibernética
- Ampliar a cooperação internacional do Brasil em segurança cibernética
- Ampliar a parceria em segurança cibernética entre setor público, setor privado, academia e sociedade
De acordo com o decreto, cabe aos órgãos e entidades da administração pública federal as gestões que possibilitem à implementação das ações estratégicas previstas na E-Ciber.
Segundo levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 11% dos órgãos federais têm bom nível em governança de tecnologia da informação. No mundo, o Brasil é o segundo país com maior prejuízo em ataques cibernéticos.