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Governo prorroga gabinete de crise que acompanha situação dos Pataxós

O gabinete foi criado em janeiro após o assassinato de dois indígenas da etnia Pataxó no extremo sul da Bahia

atualizado

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Marcello Camargo/Agência Brasil
Foto mostra a sombra de duas pessoas indígenas - Metrópoles
1 de 1 Foto mostra a sombra de duas pessoas indígenas - Metrópoles - Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) prorrogou por mais 45 dias os trabalhos do gabinete de crise que acompanha a situação das comunidades da etnia Pataxó, que vivem no extremo sul da Bahia. O grupo foi criado pela ministra Sonia Guajajara (PSol-SP), em janeiro deste ano, após o assassinato a tiros de Samuel Cristiano do Amor Divino, de 25 anos, e Nawir Brito de Jesus, 17 anos, em um local em constante conflito com fazendeiros.

Com uma longa disputa entre indígenas e fazendeiros nas terras Barra Velha do Monte Pascoal e Comexatibá, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana (Rede), também apresentou um pedido para proteção das comunidades da região.

Além do adiamento do prazo das atividades do gabinete, a ministra Guajajara pretende realizar uma visita às comunidades do povo Pataxó e discutir medidas conjuntas com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), para tentar acabar com os embates na região.

O caso foi denunciado pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos, uma iniciativa da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), da Organizações Indígenas do Nordeste Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), entre outras. Além do povo Pataxó, o documento apresentado no início do ano também relata a situação dos Tuxá (Minas Gerais, Pernambuco e Bahia) e Maxakali (Minas Gerais).

“O Território Pataxó Barra Velha e Tupinambá de Olivença não é uma invenção antropológica como alegam os fazendeiros. Esta é uma região que representa o berço da história desses povos, onde estão enterrados seus antepassados, há uma relação de pertencimento”, declarou o coordenador executivo da Apib, Dinamam Tuxá, em nota divulgada em janeiro.

Em nota enviada ao Metrópoles, o Ministério dos Povos Indígenas afirmou que solicitou o envio de agentes da Força Nacional à região de conflito e “segue aguardando tratativa pelo governo do estado da Bahia”.

“O MPI também está trabalhando conjuntamente com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai, para a conclusão e assinatura da portaria declaratória da terra indígena Barra Velha”, destacou o ministério.

O Metrópoles entrou em contato com o governo da Bahia sobre quais medidas estão sendo adotadas para conter os conflitos, mas não obteve respostas.

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