Governo promete ao STF elevar verba do Censo para 2022
Supremo decidiu que o IBGE precisa fazer o Censo populacional no ano que vem, mas órgão alega não ter recursos suficientes para o trabalho
atualizado
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O governo federal, que está sendo obrigado por decisão do Supremo Tribunal Federal a se organizar para realizar o Censo populacional em 2022, informou à Corte nesta quinta-feira (14/10) que ampliará o orçamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A Advocacia Geral da União (AGU) informou ao STF que o Executivo pedirá ao Congresso autorização para ampliar o orçamento do órgão. Quando mandou a peça orçamentária de 2022 ao Parlamento, em agosto, o governo reservou R$ 2 bilhões para o IBGE, valor insuficiente para realizar o Censo de acordo com o próprio órgão.
O orçamento será ampliado em R$ 292 milhões, informa o ofício da AGU. “A União, por intermédio do Ministério da Economia, procederá ao encaminhamento de ofício ao Congresso Nacional, com pedido de ampliação do orçamento do IBGE, no valor de R$ 292.907.087,00 (duzentos e noventa e dois milhões, novecentos e sete mil e oitenta e sete reais), mediante emenda ao PLOA-2022 (projeto de Lei Orçamentária Anual de 2022)”, diz o documento.
Historicamente, o Censo é feito a cada 10 anos e a edição que está sendo discutida estava marcada para 2020, mas foi cancelada pelo governo, primeiro por causa da pandemia e depois por falta de dinheiro em caixa.
O Censo, além de apurar o número de brasileiros e informações sobre hábitos e condição de vida da população, serve para basear a formulação de políticas públicas. Por meio dos dados apurados pelo IBGE, o poder público sabe, por exemplo, onde é preciso construir estradas, escolas e hospitais.