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Governo proíbe mistura de vacinas de laboratórios diferentes

Orientação é de que estados e municípios não utilizem vacinas de farmacêuticas diferentes para completar o esquema vacinal dos pacientes

atualizado

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Marcelo Queiroga
1 de 1 Marcelo Queiroga - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O Ministério da Saúde informou, nesta quinta-feira (8/7), que não recomenda a combinação de vacinas contra a Covid-19 para nenhum público. Na prática, a orientação é de que estados e municípios não utilizem vacinas de laboratórios diferentes para completar o esquema vacinal dos pacientes.

A informação foi dada em coletiva de imprensa na sede do órgão. Na ocasião, o ministro Marcelo Queiroga anunciou a retomada da vacinação de grávidas e puérperas sem comorbidades. O titular da Saúde também ressaltou que a mistura de fármacos de laboratórios diferentes não é considerada segura.

“Estudos de intercambialidade estão sendo realizados, mas ainda não são suficientes para tomar essa decisão como uma estratégia de saúde pública. Quando houver mais estudos, o Programa Nacional de Imunização (PNI), apoiado pela câmara técnica, [implementará]”, afirmou.

A imunização com doses de laboratórios diferentes em grávidas chegou a ocorrer em dois estados brasileiros: Rio de Janeiro e Ceará. A medida foi adotada em maio, após o Ministério da Saúde suspender a vacinação de gestantes e puérperas com o fármaco da AstraZeneca. A suspensão ocorreu após a morte de uma mulher de 35 anos que havia tomado o imunizante.

Na época, a pasta também suspendeu a imunização de grávidas e puérperas sem comorbidades. O grupo foi proibido de receber vacinas de qualquer laboratório, e apenas gestantes com doenças pré-existentes foram autorizadas a participar da campanha.

Queiroga criticou fortemente o “mix de vacinas” e disse que a medida coloca a vida dos pacientes em risco. “O primeiro objetivo é garantir a segurança em relação a qualquer estratégia de segurança. Essa estratégia vai garantir a segurança das pessoas? Se não for seguro, nós não faremos”, afirmou.

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Rosana Leite de Melo, Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, e Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde
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Retomada da imunização

Nesta quarta-feira, a pasta voltou a recomendar a imunização de gestantes sem doenças pré-existentes. Todas as grávidas, no entanto, só podem ser imunizadas com duas das quatro vacinas disponíveis no Brasil: Pfizer e Coronavac (Sinovac).

O secretário de Atenção Primária à Saúde do ministério, Raphael Câmara Parente, explica que imunizantes produzidos com adenovírus não replicante, como a AstraZeneca e a Janssen, podem causar eventos adversos em pessoas gestantes. “O vírus vivo atenuado pode provocar infecção. É muito importante a imprensa e a sociedade entenderem que, com grávidas, é preciso ter cuidado extremo, cautela máxima, excesso de zelo e avaliação de risco e benefício”, argumentou.

Ele afirmou que a porcentagem de letalidade por Covid-19 no Brasil em gestantes infectadas pelo coronavírus é de 10%. O índice é considerado alto e , por isso, a pasta decidiu seguir com a imunização desse público. O ministro Marcelo Queiroga afirmou que o benefício da vacinação supera os riscos.

“Após a análise dos dados de todas que foram vacinadas e do debate amplo dos cientistas e dos pesquisadores, e também dos próprios dados, houve o entendimento de se voltar as vacinas das gestantes sem comorbidades. Entendemos que não há porque suspender a vacinação”, explicou Queiroga.

Para as grávidas que chegaram a receber a primeira dose da vacina AstraZeneca, a recomendação do Ministério da Saúde é de que o segundo reforço seja aplicado após o fim do puerpério, ou seja, 45 dias depois do parto. A imunização deve ser feita com um fármaco do mesmo laboratório.

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