Governo proíbe exportação de cloroquina sem autorização da Anvisa
Na prática, a Anvisa quer controlar a saída desses produtos em teste para manter o estoque brasileiro em alta para um possível uso
atualizado
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O governo federal proibiu a exportação de cloroquina, hidroxicloriquina e de outras medicamentos que estão sendo testados no tratamento da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (16/04) passou a exigir “prévia autorização” para a venda a outros países.
Na prática, a Anvisa quer controlar a saída desses produtos em teste para manter o estoque brasileiro em alta para um possível uso no tratamento de doentes por Covid-19.
“A exportação de nitazoxanida, cloroquina, hidroxicloroquina, azitromicina, fentanil, midazolam, etossuximida, propofol, pancurônio, vancurônio, rocurônio, succinilcolina e ivermectina na forma de matéria-prima, produto semi-elaborado, produto a granel ou produto acabado necessitarão, temporariamente, de autorização prévia da Anvisa”, determina o texto.
A resolução é assinada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.
Fortemente defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como tratamento para a Covid-19, o uso da cloroquina ainda exige pesquisa científica para o uso seguro e com eficácia comprovada. Na última quarta-feira (15/04), por exemplo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou que ela pode ser prejudicial para pacientes com histórico de problemas cardíacos.
Após efeitos colaterais, alguns países, como a Suécia, suspenderam o uso do medicamento como alternativa para o tratamento.