metropoles.com

Governo prevê taxação de big techs se receitas não forem suficientes

Caso a arrecadação não siga o ritmo esperado, governo Lula admite encaminhar ao Congresso um projeto de tributação das big techs

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Breno Esaki/Metrópoles
imagem colorida fachada do Ministério da Fazenda pib governo bets - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida fachada do Ministério da Fazenda pib governo bets - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Caso ocorram frustrações de receitas, ou seja, se a arrecadação não seguir o ritmo esperado, o Ministério da Fazenda pretende encaminhar dois projetos de lei ao Congresso Nacional no segundo semestre de 2024. Segundo a pasta chefiada pelo ministro Fernando Haddad, as medidas ajudarão no esforço orçamentário em 2025.

Um deles é a tributação de grandes empresas de tecnologia e redes sociais, as chamadas big techs, como o Google, a Apple, o Facebook e o X.

Na semana passada, ao anunciar as medidas de revisão de gastos do governo federal no ciclo 2023-2025, o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan, adiantou que o governo governo irá “descortinar” o tema da taxação das big techs no contexto da arrecadação federal.

Há uma discussão no Brasil sobre a criação de uma taxa de internet para as big techs. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu uma tomada de subsídios sobre o tema.

Tributação de multinacionais

O segundo projeto é a tributação global mínima de 15% para empresas multinacionais, medida que garantiria, segundo a pasta, a implementação do pilar 2 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Nesta segunda, Durigan disse que essas duas discussões “são bem sedimentadas no nível global” e que os textos serão apresentados “oportunamente”.

Ele explicou que tanto a tributação das big techs quanto a das multinacionais estão atreladas ao monitoramento da equipe econômica sobre as medidas de receita para compensar a desoneração da folha de pagamentos. Caso as medidas listadas não sejam suficientes, entrarão os dois projetos.

Entre as medidas listadas para compensar a desoneração, estão o Desenrola Agências Reguladoras e o Regime Especial de Regularização Cambial e Tributária (repatriação).

Despesas

Pelo lado das despesas, caso haja frustração de receitas, a Fazenda diz também contar com instrumentos de gestão da execução orçamentária.

A pasta sustenta que a agenda de revisão de gastos continuará ao longo do do segundo semestre de 2024 e nos próximos anos. E, se forem necessários, bloqueios e contingenciamentos serão feitos para o alcance da meta de resultado primário de 2025.

Em julho deste ano, o governo determinou a contenção de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024, sendo R$ 11,2 bilhões de bloqueio e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento.

Para esse contingenciamento, foi considerado o limite inferior da banda (ou intervalo de tolerância) do marco fiscal (a regra de controle dos gastos públicos), que equivale a 0,25% do PIB — ou seja, um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A meta oficial para este ano é de déficit zero (equilibrar as contas públicas, ou seja, igualar o valor de despesas e receitas).

Durigan disse que o governo vai “seguir discutindo medidas de revisão de gastos” e afirmou que o Orçamento do próximo ano está “equilibrado”, inclusive dependendo um pouco menos de medidas legislativas, ainda que dependa um pouco.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?