Governo negocia compra de vacinas contra Covid-19 com seis laboratórios
“Foram firmados memorandos de entendimento, não vinculantes, que expõem a intenção de acordo, podendo sofrer alterações”, diz o texto
atualizado
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O governo federal está negociando a compra de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, com seis laboratórios. A informação está no Plano Nacional de Imunização, lançado nesta quarta-feira (16/12), no Palácio do Planalto.
Segundo o documento, as tratativas já foram iniciadas com Pfizer/BioNTech, Janssen, Instituto Butantan, Bharat Biotech, Moderna e Gamaleya.
“Foram firmados memorandos de entendimento, não vinculantes, que expõem a intenção de acordo, podendo sofrer alterações de cronograma e quantitativos a serem disponibilizados”, destaca trecho do plano.
Veja a negociação com cada laboratório:
• Instituto Butantan e farmacêuticas Bharat Biotech, Moderna, Gamaleya e Janssen: solicitadas informações de preços, estimativa e cronograma de disponibilização de doses, dados científicos dos estudos de fase I, II e III;
• Pfizer/BioNTech: compra de 70 milhões de doses — 8,5 milhões de doses até junho de 2021, sendo 2 milhões de doses previstas para o primeiro trimestre, 6,5 milhões no segundo trimestre; 32 milhões no terceiro trimestre e 29,5 milhões no quarto trimestre;
• Janssen: compra de 38 milhões de doses — 3 milhões de doses no segundo trimestre de 2021, 8 milhões no terceiro trimestre de 2021, 27 milhões no quarto trimestre de 2021.
“A partir dos memorandos de entendimento, o Ministério da Saúde prossegue com as negociações para efetuar os contratos, a fim de disponibilizar o quanto antes a maior quantidade possível de doses de vacina para imunizar a população brasileira de acordo com as indicações dos imunizantes”.
O plano
Quem se vacinar, receberá duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção. O governo prevê a assinatura de um termo de consentimento.
De acordo com o plano divulgado pelo Ministério da Saúde, a imunização será feita em quatro grupos prioritários, que somam 50 milhões de pessoas. Serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas.
A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional.