Governo não descarta outras intervenções federais na segurança pública
O presidente Michel Temer disse que se reunirá com governadores para discutir medidas de redução da violência em estados
atualizado
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O presidente da República Michel Temer (MDB) não descartou, nesta terça-feira (27/2), a possibilidade de decretar novas intervenções federais na segurança pública do país. No entanto, não citou os estados que podem sofrer alterações no comando.
Durante posse do novo ministro da Segurança Pública, o emedebista disse que irá se reunir nesta quinta-feira (1º/3) com governadores para discutir medidas de redução da violência. “Eu chamei os senhores governadores para fazermos uma reunião e, pontualmente, vamos verificando caso a caso”, disse.
Em discurso durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente disse que o governo federal não atuará apenas no Rio de Janeiro. Segundo o chefe do Executivo nacional, a ajuda federal é solicitada em todo o Brasil. Para ele, a intervenção é “democrática” e “civil”.
O nome escolhido para comandar a segurança no Rio de Janeiro é o general Braga Netto, um militar, assim como o novo secretário estadual de Segurança Pública. “A intervenção é parcial e democrática, porque é amparada pela Constituição Federal. E é uma intervenção civil, que enaltece o diálogo e despreza o autoritarismo”, disse Temer.
Conforme ponderou o presidente, não será possível “erradicar toda a insegurança do país de um dia para o outro” e pediu o engajamento da sociedade civil no controle da criminalidade. No discurso, elogiou as Forças Armadas e disse que, além de combater a criminalidade, é preciso dar soluções aos problemas sociais nas comunidades do Rio de Janeiro.
Michel Temer pediu estudos no sentido de liberar verba federal à cidade do Rio de Janeiro para investimentos nas favelas, solicitação feita nesta terça-feira (27) pelo prefeito Marcelo Crivella (PRB-RJ). Presente na cerimônia, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), rechaçou possível intervenção em seu estado, que vem sofrendo com o aumento da criminalidade.
Segundo Eunício, a situação no estado cearense “está sob controle”. “Não há nenhum motivo ou justificativa para qualquer pensamento sequer sobre intervenção no Ceará”, afirmou. “Seria oportunismo eleitoral insistir nessa ideia”, completou.
