Governo Lula promete reduzir mortalidade materna em 25% até 2027
Programa que será lançado nesta quinta-feira (12/9) prevê investimento no cuidado a gestantes para reduzir mortalidade materna
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança, nesta quinta-feira (12/9), o programa Rede Alyne, que reestrutura a antiga Rede Cegonha para estabelecer cuidados a gestantes e recém-nascidos na rede pública de saúde. A iniciativa traz a meta de reduzir em 25% a mortalidade materna no Brasil até 2027.
O lançamento do programa será feito em uma cerimônia com Lula em Belford Roxo (RJ).
Em 2021, em meio à pandemia de Covid-19, o país registrou 3.030 óbitos de mães, número 74% maior em relação a 2014, quando houve 1.739 mortes.
A iniciativa também busca dar uma atenção maior às mulheres pretas, que apresentam maior vulnerabilidade. De acordo com dados do governo federal, em 2022, o número de óbitos a cada 100 mil nascidos vivos foi de 57,7, na população geral.
Entre mulheres pretas, o índice dobrou, chegando a 110,6. Nesse sentido, a estratégia quer reduzir os óbitos de mães pretas em até 50% até 2027.
Para atingir as metas, o Ministério da Saúde vai investir R$ 400 milhões na rede, ainda em 2024. Para o próximo ano, a previsão é chegar a R$ 1 bilhão.
Também estão previstas a construção de novas maternidades e centros de parto, totalizando R$ 4,85 bilhões em obras do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
A Rede Alyne homenageia Alyne Pimentel, grávida que morreu por desassistência na cidade de Belford Roxo. O caso resultou na primeira condenação em uma corte internacional por morte materna.