Governo Lula: drag queen ligada ao MST será assessora de diversidade
A drag queen se destacou pela sua militância LGBT dentro do MST. Petista, Ruth Venceremos fará parte da Secretaria de Comunicação de Lula
atualizado
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A drag queen Ruth Venceremos aceitou o convite do ministro da Secretaria Especial de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT-RS), para assumir a assessoria de diversidade e participação social durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi confirmada ao Metrópoles pela própria assessora.
Pernambucana e coordenadora educacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e integrante do Distrito Drag, Ruth Venceremos é formada em pedagogia e tem mestrado em educação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Nas eleições de 2022, Ruth se candidatou a deputada federal pelo Distrito Federal e obteve 31.538 votos válidos. Apesar do bom desempenho, Ruth não irá assumir uma vaga na Câmara dos Deputados, mas é a primeira suplente do Partido dos Trabalhadores (PT).
Expectativas
Ao Metrópoles, Ruth Venceremos falou sobre as suas expectativas como assessora durante o terceiro mandato de Lula.
“Minha expectativa principal é recuperar os mecanismos que garantam a efetiva participação democrática da sociedade civil nos processos decisórios e de formulação das políticas de comunicação do nosso país, considerando a diversidade do povo brasileiro e seus diversos sujeitos, necessidades e demandas como um eixo estruturante”, declarou.
Assessora de diversidade e participação social da Secretaria Especial de Comunicação Social, Ruth destaca a importância de um governo transversal e aberto ao diálogo com as demais esferas de poder.
“Além disso, penso que seja uma compreensão coletiva nutrirmos a expectativa de ampliarmos a capacidade de diálogo da comunicação institucional do governo federal com todas as esferas e setores da sociedade, porque isso é, muitas vezes, o que viabiliza o sucesso de diversas políticas públicas, principalmente as mais basilares e que são aplicadas em territórios menos assistidos”, acrescenta.