Governo lança plano para prevenção e combate ao feminicídio
Serão destinados R$ 2,5 bilhões para capacitação de mulheres de 15 a 29 anos em situação de vulnerabilidade
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério das Mulheres lançou, nesta terça-feira (19/3), o Plano de Ação do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios. Serão destinados R$ 2,5 bilhões para capacitação de mulheres de 15 a 29 anos em situação de vulnerabilidade.
“O nosso trabalho é garantir que nós não tenhamos tantas mulheres mortas nesse país, porque feminicídio são mortes evitáveis. Para prevenir o feminicídio, há várias ações que estão colocadas de educação, de cultura, na questão de garantir as Casas da Mulher Brasileira, os Centros de Referência, garantir qualificação e formação permanente”, destacou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
O plano será coordenado pelo Ministério das Mulheres e contará com o auxílio dos ministérios dos Direitos Humanos, Educação, Casa Civil, Saúde, Justiça e Segurança Pública, Povos Indígenas, Igualdade Racial, Desenvolvimento, Assistência Social e Combate à Fome, Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e Planejamento e Orçamento.
“O Plano de Ação lançado é um passo importante na concretização deste compromisso. A gente precisa trabalhar, cada vez mais, juntas e juntos para reverter a tendência de aumento de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas desse Brasil”, afirmou a ministra Anielle Franco, da Igualdade Racial.
A iniciativa contará com 22 ações de prevenção primária, como realização de oficinas, campanhas publicitárias, formação de mulheres líderes comunitárias e qualificação de profissionais da Atenção Primária à Saúde.
Também serão adotadas 20 atividades nas áreas de segurança pública, saúde, assistência social e justiça para intervir e prevenir a discriminação, misoginia e violência de gênero. Entre as ações está a reestruturação e qualificação do Ligue 180.
“Nós demoramos muito para pensar numa ação forte e decidida que fizesse a diferença na vida das meninas e, principalmente, meninas negras e mulheres indígenas. Além da questão de entrar nas áreas de tecnologia e da inclusão digital dessas meninas, que nós possamos ter, de fato, oportunidades neste país. O que falta para as meninas brasileiras é a oportunidade no mundo do trabalho, é a gente acreditar nelas para que elas façam a diferença”, completou Cida.