metropoles.com

Governo investiu R$ 106,6 mi a menos no Bolsa Atleta, mesmo com ciclo olímpico maior

Atletas que participam dos jogos de Tóquio receberam menos recursos do que o destinado para as Olimpíadas do Rio, em 2016

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arte/Metrópoles
capa_olimpiadas
1 de 1 capa_olimpiadas - Foto: Arte/Metrópoles

O governo federal investiu R$ 106,6 milhões a menos no Bolsa Atleta para o ciclo olímpico da Tokyo 2020 se comparado com o valor gasto tendo em vista a Rio 2016. No caso das Olimpíadas de Tóquio, como os jogos foram adiados em um ano por causa da pandemia de Covid-19, o valor total soma o direcionado ao longo dos quatro anos regulares do ciclo olímpico 2017-2020 e o montante distribuído até meados de 2021: R$ 464 milhões.

Segundo o Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, a dotação orçamentária prevista para o ciclo Tokyo 2020 era de R$ 529,8 milhões. É comum que o valor executado fique aquém do valor reservado.

No ciclo olímpico Rio 2016, foram destinados ao programa R$ 641,1 milhões, dos quais R$ 470,9 milhões foram efetivamente executados. Corrigido pela inflação, o montante ficaria em R$ 570,6 milhões em valores atuais, 18,7% maior (ou R$ 106,6 milhões a mais) que o total desembolsado para o programa na temporada Tóquio 2020.

O Bolsa Atleta é um programa do governo federal que concede patrocínio a esportistas. Dos 302 atletas brasileiros que participam dos jogos olímpicos deste ano, 242 (80%) recebem recursos da iniciativa. Já entre os 232 convocados para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, 222 (95,7%) são inscritos no programa.

No ano passado, não foi lançado edital para seleção de novos atletas para receber o benefício. O governo afirmou que a suspensão havia ocorrido por conta da pandemia, mas o programa está vigente e os recursos de 2021 foram incluídos no chamado ciclo olímpico.

Segundo o ministério, houve aumento no número de bolsas concedidas para atletas olímpicos e paraolímpicos entre os dois últimos ciclos, passando de 25.405 entre 2013 e 2016 para 26.835 entre 2017 e 2021. Estão incluídas nessa contagem as seis categorias do programa.  

Importância do programa

Criado em 2005, o Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio direto a atletas do mundo, ou seja, sem intermédio de clubes, federações e confederações.

A maior parte dos bolsistas classificados para Tóquio integra a categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. Com repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil, a categoria é voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades.

A única categoria que não faz parte do Bolsa Atleta é o futebol masculino. Excluído, o percentual de beneficiados pelo programa sobe para 86,7%. Em 19 das 35 modalidades com presença brasileira, 100% dos atletas são bolsistas.

“A Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania tem adotado as medidas necessárias para fortalecer e aprimorar o Bolsa Atleta, considerado um dos maiores programas do mundo de patrocínio individual. Para 2021, a pasta assegurou um orçamento de R$ 145,2 milhões, o maior desde 2014 e superior, inclusive, ao de 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio, que foi de R$ 143 milhões”, diz a pasta.

Presença do governo nos Jogos

Pela primeira vez desde as Olimpíadas de Atenas, em 2004, o presidente brasileiro não compareceu na abertura dos jogos. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou como representante o ministro da Cidadania, João Roma. A área de esportes é hoje uma secretaria do Ministério da Cidadania.

Depois de ter se reunido com integrantes do governo japonês e empresários locais, o ministro já retornou ao Brasil.

Protocolos Covid-19

Dos 302 atletas que participam dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2021, 85% chegam à competição vacinados contra a Covid-19, segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Antes do embarque ao Japão, os atletas tiveram que se submeter a exames clínicos e laboratoriais. Durante a competição, o grupo terá de se submeter diariamente a testes. Foram enviados 14 mil testes de antígeno às bases do Time Brasil no Japão, graças à parceria com a Fiocruz, para testagem rápida da delegação.

Diversos itens de prevenção também foram incluídos no material enviado ao Japão: 85 mil máscaras descartáveis, 12.500 sapatilhas TNT, 400 borrifadores de álcool e 250 aventais, entre outros produtos.

A delegação também é acompanhada por uma comissão médica, com a presença de infectologistas, que discute diariamente questões relativas ao coronavírus e elabora os protocolos a serem adotados em Tóquio.

A equipe é liderada por Ana Carolina Côrte, coordenadora médica do COB, e outros três profissionais: Felipe Hardt, médico do esporte; Ho Yeh Li, coordenadora de moléstias infecciosas do Hospital das Clínicas, em São Paulo; e Beatriz Perondi, coordenadora de atendimento a situações extremas no mesmo hospital, na capital paulista.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?