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Governo federal rebate Doria sobre entrega de vacinas: “Não há prejuízo”

De acordo com o Ministério da Saúde, o governo de São Paulo retirou no Instituto Butantã mais doses do que tinha direito

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Dose da vacina CoronaVac contra Covid-19
1 de 1 Dose da vacina CoronaVac contra Covid-19 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Ministério da Saúde rebateu, nesta quarta-feira (4/8), as queixas do governador de São Paulo, João Doria, sobre as doses entregues ao estado. A pasta declarou: “Nenhum estado é prejudicado quando a gente estabelece uma pauta de distribuição”.

João Doria (PSDB) disse que o Ministério da Saúde deixou de entregar 228 mil doses de vacinas da Pfizer contra Covid-19 ao estado. O governo paulista declarou ainda que recebeu apenas 50% do total que teria direito segundo o Programa Nacional de Imunização (PNI). O estado de São Paulo, devido ao tamanho de sua população, recebe cerca de 22% das doses do PNI.

“A quantidade foi reduzida à metade sem nenhuma justificativa. Foi uma decisão arbitrária do Ministério da Saúde que representa a quebra do pacto federativo. O governo federal decidiu punir quem fez o certo com menos vacinas. E, com isso, o governo federal compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes”, afirmou Doria.

O que acontece, segundo o Ministério da Saúde, é que “não há um percentual fixo de distribuição de doses por estados, esse percentual evolui na medida que a gente evolui no PNI”.

A questão da distribuição das doses é discutida pela tripartite, ou seja, o Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Equânime

A pasta também informou que a prioridade é distribuir as doses de maneira equânime, justamente para não ficar essa disparidade em relação a idade contemplada nos estados.

“Com relação ao caso de São Paulo, não há prejuízo ao estado, já avançamos no grupo prioritário agora avançamos por idade e há uma vontade de ter uma imunização equânime”, disse Rodrigo Cruz, secretário-executivo da pasta.

“Nenhum estado é prejudicado quando a gente estabelece uma pauta de distribuição. A gente sempre reforça que se existe divida não existe em contatar, estamos sempre a disposição”, acrescentou.

Mais doses do que tinha direito:

De acordo com o Ministério da Saúde o governo de São Paulo retirou no Instituto Butantã mais doses do que tinha direito. Confira:

No dia 30/7, o governo de São Paulo retirou 678 mil doses e só tinha direto a 620 mil.  Já no dia 3/8, o estado deveria retirar 178,6 mil doses da Coronavac e acabou pegando 271 mil. Então a pasta diz que essas doses serão “compensadas”.

A reportagem do Metrópoles apurou que, das duas milhões de doses que o Butantan entregou nesta quarta ao PNI, São Paulo tirou 452 mil. O combinado era que 382 mil vacinas fossem destinadas ao estado.

O ministro

Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (4/8), que o governo do estado de São Paulo “está sempre reclamando”.

“São Paulo está sempre reclamando”, se limitou a dizer Queiroga ao ser questionado sobre o assunto em um evento, em Brasília, para assinatura da portaria com orientações para volta às aulas.

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