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Governo federal busca solução para saída dos brasileiros de Gaza

Lula e ministro das Relações Exteriores trabalham para resgatar mais brasileiros da região afetada pela guerra entre Israel e Hamas

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Imagem colorida mostra Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Palestinos inspecionam casa destruída após um ataque aéreo israelense em Rafah, ao sul da Faixa de Gaza - Metrópoles - Foto: Abed Rahim Khatib/picture alliance via Getty Images

Trinta e quatro brasileiros e parentes aguardam que seus nomes constem nas próximas listas de estrangeiros com permissão para atravessar a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza, após a primeira abertura da passagem nessa quarta-feira (1º/11). Nessa liberação, nenhum brasileiro conseguiu cruzar para escapar da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas, da Palestina.

“Novas listas serão publicadas em breve, e nossos brasileiros devem estar nelas”, adiantou Alessandro Candeas, embaixador do Brasil na Palestina. Daniel Zohar Zonshine, embaixador de Israel no Brasil, também acredita “que os brasileiros vão sair nos próximos dias”.

Após a primeira abertura humanitária, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) destacou não ter desistido dos resgates: “As gestões continuarão a ser feitas até que se concretize a saída dos brasileiros retidos em Gaza”.

Desde então, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou as negociações com Israel e Egito. Lula e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também vinham trabalhando outras possibilidades com Catar e Palestina para a saída dos cidadãos do Brasil.

Parte do plano de resgate segue em andamento: veículos estão mobilizados perto de Rafah, na espera do sinal verde do Egito para buscar os brasileiros por terra e, depois, encaminhá-los ao aeroporto do Cairo, no Egito, onde serão repatriados pela Força Aérea Brasileira (FAB).

Esse grupo de 34 pessoas está abrigado próximo à fronteira do Egito, em Khan Younes e Rafah.

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Critérios não divulgados

Ao Metrópoles o MRE informou não interpretar a primeira lista como “retaliação diplomática” por quaisquer governos na região, e observou que o processo de saída da região afetada pela guerra pode ser um pouco mais lento pela quantidade de estrangeiros tentando deixar o local.

O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, disse desconhecer os parâmetros utilizados para compor o primeiro apanhado de nomes liberados, mas acredita que critérios políticos não entraram na conta.

Zonshine ainda observou a intenção de Israel facilitar a saída de pessoas com dupla nacionalidade; por isso, tem se engajado no diálogo com outros atores, como o Egito e a Cruz Vermelha.

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Suprimentos de socorro enviados pelo governo paquistanês aos palestinos estão no Aeroporto Internacional de El Arish, prontos para serem enviados através da passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza
Caminhões de comboio de ajuda aguardam na passagem de fronteira de Rafah a liberação para entrar em Gaza
Moradora caminha perto dos escombros de edifícios residenciais após os ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza
Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023
Uma equipe do serviço de emergência palestino resgata uma vítima em um prédio destruído durante ataques aéreos israelenses no sul da Faixa de Gaza em 19 de outubro de 2023 em Khan Yunis
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O secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, inspeciona suprimentos de socorro dos Emirados Árabes Unidos no Aeroporto Internacional de El Arish, antes de sua visita à passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

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Suprimentos de socorro enviados pelo governo paquistanês aos palestinos estão no Aeroporto Internacional de El Arish, prontos para serem enviados através da passagem de fronteira de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza

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Caminhões de comboio de ajuda aguardam na passagem de fronteira de Rafah a liberação para entrar em Gaza

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Moradora caminha perto dos escombros de edifícios residenciais após os ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza

Mustafa Hassona/Anadolu via Getty Images
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Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Uma equipe do serviço de emergência palestino resgata uma vítima em um prédio destruído durante ataques aéreos israelenses no sul da Faixa de Gaza em 19 de outubro de 2023 em Khan Yunis

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Vista dos escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Pessoas segurando bandeiras palestinas se reúnem em frente à Embaixada de Israel para protestar contra o bombardeio do Hospital Batista Al-Ahli de Gaza, em Amã, Jordânia, em 18 de outubro de 2023

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Ondas de fumaça sobem sobre a Faixa de Gaza durante o bombardeio israelense enquanto os combates entre as tropas israelenses e os militantes do Hamas continuam

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Uma menina caminha entre os escombros de edifícios residenciais após ataques aéreos israelenses no bairro de al-Zahra, na Faixa de Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Pessoas comparecem à cerimônia fúnebre dos palestinos que foram mortos em ataques aéreos israelenses em Khan Yunis, Gaza, em 19 de outubro de 2023

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Autorizados a sair

Cerca de 500 estrangeiros deixarão a zona de conflito nessa primeira abertura da passagem. Nessa lista, estão pessoas da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca.

Fontes do Itamaraty destacam que nenhum latino-americano ou africano teve permissão para deixar a Faixa de Gaza nesse primeiro momento. Da Ásia, apenas jordanianos estavam incluídos.

Diversos países se mobilizam na retirada de cidadãos da Faixa de Gaza diante da ofensiva israelense na região. As Forças de Defesa de Israel, além de promoverem bombardeios, preparam uma incursão terrestre de grandes proporções ao território palestino.

Mais um voo de repatriação

Brasileiros na Cisjordânia foram resgatados e estão em um voo de volta para casa, com previsão de pousar em Brasília às 8h15 desta quinta-feira (2/11). A primeira viagem de repatriados da Palestina tem 32 passageiros.

Veja o momento do embarque:

Segundo o Itamaraty, mais de 2 mil cidadãos do Brasil pediram repatriação. Cerca de 1,4 mil pessoas retornaram ao solo brasileiro por uma operação da FAB, com oito voos completos até agora.

Uma aeronave VC-2 (Embraer 190) da Presidência da República levou esta semana duas toneladas de alimentos doados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) para repassar às pessoas que aguardam para sair da Faixa de Gaza.

O avião parou no Egito para poder acessar a passagem de Rafah e, depois, chegar a Gaza. O plano do governo brasileiro é deixar a aeronave perto da região afetada pela guerra para poder trazer mais repatriados em uma viagem futura.

Na semana passada, o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, informou que o Brasil poderá trazer “irmãos de países vizinhos” em voos de repatriação, caso haja espaço.

Guerra há quase um mês

O conflito se acirrou em 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas promoveu um ataque-surpresa contra Israel. A ação deixou mais de 1,4 mil mortos.

Em retaliação, o governo israelense tem bombardeado e empreendido incursões localizadas à Faixa de Gaza, que já deixaram mais de 8,7 mil mortos, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza.

O conflito, no entanto, não dá sinais de arrefecer. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nessa segunda (30/10), que a nação descarta totalmente um cessar-fogo e disse que suspender a retaliação aos ataques do Hamas seria o “equivalente a uma rendição”.

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