Governo federal anuncia 4ª dose contra Covid para imunossuprimidos
Medida foi tomada considerando a “tendência de redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19 com o passar do tempo”, diz governo
atualizado
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O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (20/12), que imunossuprimidos poderão tomar a quarta dose da vacina contra a Covid-19. A informação foi divulgada na Nota Técnica nº 65, disponível no site do órgão federal.
De acordo com a pasta, a medida foi tomada considerando a “tendência de redução da efetividade das vacinas contra a Covid-19 com o passar do tempo”. O ministério ressaltou que, por essa razão, vai “mudar a estratégia de vacinação” de pessoas com idade de 18 anos ou mais.
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Imunocomprometidos poderão receber a quarta dose em um período de, no mínimo, quatro meses após a administração da terceira dose. A medida vale apenas para pessoas maiores de 18 anos de idade.
Segundo a nota técnica, são enquadrados como imunocomprometidos:
- Pessoas com imunodeficiência primária grave;
- Pessoas que realizaram quimioterapia para câncer;
- Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas;
- Pessoas vivendo com HIV/AIDS;
- Pessoas que fazem uso de corticoides em doses iguais ou maiores que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por 14 ou mais dias;
- Pessoas que fazem uso de drogas modificadoras da resposta imune;
- Pessoas com doenças autoinflamatórias ou intestinais inflamatórias;
- Pacientes em hemodiálise; e
- Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas.
Leia a nota técnica na íntegra:
SEI_MS – 0024429242 – Nota Técnica 65 – Antecipação Da Dose de Reforço by Lourenço Flores on Scribd
Intervalo de quatro meses
Na mesma nota técnica, o governo estabelece as novas medidas para dose de reforço de pessoas sem doenças graves. O intervalo passou a ser de quatro meses para a aplicação da dose adicional — o intervalo anterior era de cinco meses.
De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, o objetivo da medida é ampliar a proteção da população diante do avanço da variante Ômicron.
“A dose de reforço é fundamental para frear o avanço de novas variantes e reduzir hospitalizações e óbitos, em especial em grupos de risco”, escreveu nas redes sociais.
O anúncio ocorreu após a Câmara Técnica da Secretaria de Enfrentamento à Covid-19 do governo realizar um estudo sobre a modificação.
Pesquisas da Universidade de Oxford, na Inglaterra, separaram dois grupos que haviam recebido as duas doses da vacina contra a doença – um de 18 a 60 anos e outro com maiores de 60 anos, em São Paulo e Salvador. A dose de reforço foi aplicada 28 dias depois.