Governo fecha acordo com Azul para transporte de vacina contra Covid-19
O setor de logística fará o envio das doses em todos os voos. Diariamente, a empresa faz mais de 100 decolagens em todo o país
atualizado
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O Ministério da Saúde firmou uma parceria com a empresa Azul, para o transporte de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo coronavírus, durante a campanha de imunização. Segundo a companhia aérea, será possível abranger 113 cidades por dia.
O setor de logística da empresa fará o envio das doses em todos os voos. Diariamente, a empresa faz mais de 100 decolagens em todo o país. A empresa não cobrará pelo serviço, que poderá ser estendido a governos estaduais e municipais.
O anúncio ocorreu na tarde desta quarta-feira (9/12), em Brasília. Além de executivos da empresa, participaram do evento congressistas e ministros, como general Eduardo Pazuello (Saúde), Onyx Lorenzoni (Cidadania), Tarcísio Freitas (Infraestrutura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
A estimativa da Azul é que, se cada voo carregar 5 mil doses, em dois meses a população poderá ter sido vacinada – na verdade, isso daria um total de 30 milhões de doses, o que está bem longe de contemplar todos os brasileiros. Entretanto, está dentro do cálculo inicial do governo para começar a campanha.
“Como será e quando será, não sabemos. Mas vamos garantir que a vacina chegue à população”, destacou o presidente da empresa, John Rodgerson.
Atualmente, a Azul já transporta vacinas do Ministério da Saúde. A experiência será usada para os imunizantes que não necessitam de hipercongelamento, como a vacina desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNtech, que exige armazenamento abaixo de -70°C.
Com isso, o transporte dos outros imunizantes, que, em sua maioria, pedem resfriamento entre 2°C e 8°C, será mais fácil. “Estamos nos preparando para fazer o que precisar para realizar o transporte”, adiantou a diretora de Cargas da Azul, Izabel Reis.
Ela participa das tratativas com o Ministério da Saúde e com os órgãos reguladores para fechar o cronograma e as regras para o transporte.
“Nessa pandemia, tivemos a autorização das autoridades e transformamos aviões de passageiros em de carga”, exemplificou Izabel. No começo da pandemia, respiradores foram trazidos ao país pelo mesmo método.