Pimenta espera que PP e Republicanos na Esplanada rendam 60 votos na Câmara
Em entrevista ao Metrópoles, ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) Paulo Pimenta falou sobre construção da base do governo
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Paulo Pimenta, estima que a entrada do Partido Progressista (PP) e do Republicanos na Esplanada dos Ministérios possa trazer ao menos 60 votos na Câmara dos Deputados para o governo federal.
Em entrevista ao Metrópoles, Pimenta ressaltou que as siglas ajudaram o Palácio do Planalto em votações no Congresso Nacional. “Em praticamente todos os temas estratégicos do governo esses partidos [PP e Republicanos] colaboraram de foram muito significativa com votos que permitiram… Desde antes da posse, lá na votação da PEC da Transição, depois na reestruturação dos ministérios, na reforma tributária, no tema do [Conselho de Administração de Recursos Fiscais] Carf”, citou.
“Eu acredito que pelo menos 60 votos, com segurança, esses dois partidos trarão para ampliar ainda mais a base parlamentar do governo na Câmara. E aí, no Senado, já é um pouquinho diferente. Eu estou falando por baixo”, completou o ministro.
Pimenta ressaltou, porém, que dentro de partidos de centro existem divergências. “Não vamos imaginar que um parlamentar que é ideologicamente de oposição, alguém muito próximo ao ex-presidente ou tem divergências categóricas com o nosso pensamento, de uma hora para a outra vai virar da base”, pontuou.
Veja a entrevista:
Negociação
Na terça-feira (18/7), o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a entrada de PP e Republicanos, partidos do Centrão, no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “está consolidada”.
Segundo Guimarães, além da chegada dos dois partidos à Esplanada, está garantida a entrada dos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) no primeiro escalão. Ambos se reuniram, na terça, com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo junto ao Parlamento.
“A tese de incorporar esses partidos no governo já está consolidada. Igualmente esses nomes que surgiram na imprensa por indicações dos partidos. Essas forças políticas irão para o governo”, disse Guimarães a jornalistas, no Palácio do Planalto.
De acordo com o líder, apesar das negociações, o martelo só será batido após Lula retornar ao Brasil, quando o presidente também deve marcar um encontro com Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara e líder maior do Centrão, para avançar nos acordos com o grupo.
A expectativa é que as trocas ministeriais sejam realizadas até a primeira quinzena de agosto, o que já daria um fôlego ao governo para aprovar as pautas consideradas importantes no Parlamento para o segundo semestre.