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Governo duplica vacinação de indígenas em cinco distritos sanitários

Operação Gota, realizada junto ao Ministério da Defesa, leva imunizantes para aldeias de difícil acesso do país

atualizado

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1 de 1 imagem colorida mostra indígena sendo vacinada na operação gota - Metrópoles - Foto: DSEI Médio Solimões/Sesai/Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde conseguiu dobrar as doses de vacina aplicadas em cinco Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país. A Operação Gota de 2023, realizada em parceria com o Ministério da Defesa e com secretarias estaduais e municipais de saúde, visitou seis distritos indígenas de difícil acesso geográfico e 306 aldeias, onde o acesso só é possível por via aérea.

Dados repassados ao Metrópoles com exclusividade mostram que o número de doses aplicadas passou de 20.931 em 2022 para 42.467 em 2023. Os números se referem à imunização nos DSEIs do Alto Rio Negro, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus, Amapá e Norte do Pará, e Vale do Javari.

Em seis DSEIs, foram 18.648 indígenas vacinados. A Operação Gota leva às aldeias os 20 imunizantes do calendário regular de vacinação, como vacinas contra a Covid-19, influenza e antirrábica humana.

A operação também contou com o reforço de 183 profissionais da saúde e defesa direcionados para a imunização indígena.

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, destacou a importância do resultado alcançado. “Este ano foi estratégico para a saúde do meu povo. Fizemos um processo de fortalecimento e reconstrução da política de saúde indígena, que foi tão atacada e fragilizada nos últimos tempos”, definiu.

Retomada da vacinação

Na terça-feira (19/12), o Ministério da Saúde anunciou um aumento nas coberturas vacinais infantis de janeiro a outubro de 2023. Os resultados, porém, ainda não atingiram a meta desejada pelo governo federal.

Oito imunizantes do calendário infantil apresentaram melhora na cobertura vacinal quando comparado com todo o ano de 2022. São eles:

  • Hepatite A;
  • Poliomielite;
  • Pneumocócica;
  • Meningocócica;
  • DTP (difteria, tétano e coqueluche);
  • Tríplice viral 1ª dose (sarampo, caxumba e rubéola);
  • Tríplice viral 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola);
  • Vacina contra a febre amarela, indicado para crianças aos nove meses de idade.

O estado do Piauí apresentou aumento significativo na cobertura da tríplice viral, passando de 82,8% para 97,8%, assim como da poliomielite, que passou de 75,9% para 89,9%.

Outro estado que tem demonstrado melhora é o Espírito Santo, a cobertura vacinal da meningocócica era de 58,5% em 2022 e chegou a 91,6% de cobertura. O governo destaca ainda que esses percentuais não estão consolidados com os dados para todo o ano de 2023.

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