Governo do RS: cidades provisórias devem dar “dignidade às pessoas”
“Não há hoje nos abrigos número de chuveiros suficiente”, afirmou vice-governador do RS, Gabriel Souza, em coletiva nesta sexta (17/5)
atualizado
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Para resolver o problema dos desalojados no Rio Grande do Sul (RS), o vice-governador do RS, Gabriel Souza (MDB), em entrevista na coletiva nesta sexta-feira (17/5), afirmou que o problema que deve ser atendido com mais urgência é a “questão da dignidade das pessoas”. Souza detalhou como serão as cidades provisórias já anunciadas anteriormente pelo governo estadual do RS.
“Não há hoje nos abrigos número de chuveiros suficiente. Há crianças, idosos, autistas, mulheres sozinhas com filhos e animais de estimação aos milhares”, afirma o vice-governador.
Atualmente, de acordo com o vice-governador, 78.165 gaúchos estão espalhados em 875 abrigos de 103 cidades no Rio Grande do Sul. Ao todo, 67% estão concentrados em quatro cidades, Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba.
Espaço para amamentação, postos de saúde e brinquedoteca
Gabriel Souza disse que as cidades provisórias construídas nas quatro cidades terão posto de saúde, brinquedoteca, lugar para animais de estimação, chuveiros e banheiros do lado externo, dormitórios, espaço multiuso (TV e computadores), fraldário e espaço para amamentação. E, também, lavanderia, refeitório, cozinha.
Os abrigos serão estruturas provisórias que ficarão prontas entre 15 a 20 dias após a assinatura dos contratos. As áreas pré-definidas são o Centro Olímpico de Canoas, Complexo Cultural Porto Seco de Porto Alegre e o Centro de Eventos de São Leopoldo. Ainda não está definida a área de Guaíba, pois a cidade está debaixo d’água.
Plano Rio Grande
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (MDB), anunciou, na mesma coletiva, o Plano Rio Grande para a reconstrução do estado gaúcho, definindo estratégias de soluções, engenharia e a construção de novas estruturas.
Segundo o governador, em primeiro momento, as ações para a reconstrução devem ser focadas em curto, médio e longo prazo, priorizando áreas de atuação com base na evolução da situação local.
Áreas como aeroportos, rodovias, residências, escolas, unidades de saúde e equipamentos de segurança estadual, entre outras, serão o foco da reconstrução, bem como a habitação de abrigos e o saneamento básico.