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Governo descarta risco de desabastecimento de produção agrícola do RS

Para o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, cenário revela mais uma “dificuldade de escoar uma produção que já foi colhida”

atualizado

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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto
Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) recebem doações na Base Aérea de Brasília para a população do Rio Grande do Sul, que sofre com inundações do Rio Guaíba em Porto Alegre RS - metrópoles
1 de 1 Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) recebem doações na Base Aérea de Brasília para a população do Rio Grande do Sul, que sofre com inundações do Rio Guaíba em Porto Alegre RS - metrópoles - Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, afirmou, nesta quinta-feira (16/5), que “não há nenhum risco” em relação ao abastecimento da população, mesmo com a devastação das colheitas pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Mello explicou que o cenário atual revela “dificuldade de escoar uma produção que já foi colhida”. Segundo Mello, essa trava no escoamento da produção se deve à logística, com os bloqueios de estradas pelas águas da chuva e a consequente dificuldade de acessar os armazéns.

“Precisamos de mais informações para entender, mas as informações preliminares que nós temos é que a perda não é tão expressiva. Então, não há, do ponto de vista de abastecimento, nenhum risco. O que há é, momentaneamente, dificuldade de escoar uma produção que já foi colhida”, afirmou Mello.

Importação de arroz

Com possível alta de preços das produções agrícolas do RS, o governo federal autorizou a importação de até um milhão de tonelada de arroz para repor os estoques públicos, após chuvas fortes assolarem o estado, que é um produtor importante.

“O presidente Lula sempre manifestou a preocupação do desejo de manter os alimentos em preço acessível, quer dizer, sem altas expressivas de preços, porque, obviamente, isso impacta na vida daqueles que gastam a maior parte da sua renda com os alimentos, que são as pessoas mais pobres. E nós estamos muito atentos a esse tema”, iniciou o secretário.

Ele lembrou que, no ano passado, os preços dos alimentos ficaram em deflação. Do final de 2023 para início de 2023, o aumento nos preços ficou concentrado em alguns produtos. “Obviamente eventos climáticos impactam, sim, nos preços de alguns produtos”, disse.

Fazenda vai monitorar oscilação de preços

Além disso, Mello informou que a Secretaria de Política Econômica (SPE), em conjunto com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), está construindo um sistema de “monitoramento constante de preços, produção, safra, exportação, importação”.

“Estamos constituindo um mecanismo de inteligência para que o governo seja capaz um pouco de antecipar eventuais problemas e se valer das diferentes ferramentas que ele tem para conseguir minimizar flutuações muito grandes nos preços de alimentos”, explicou.

Segundo ele, hoje não há “nenhuma informação particular que nos chame atenção”.

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