1 de 1 criança recebe vacina no braço
- Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles
São Paulo – A parada cardíaca em uma menina de 10 anos, que motivou a suspensão da vacinação na cidade de Lençóis Paulista (SP), não teve qualquer relação com a aplicação do imunizante da Pfizer.
O Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde concluiu nesta quinta-feira (20) a investigação “que descartou o evento adverso pós-vacinação na criança de 10 anos do município de Lençóis Paulista”. E destacou: “Não existe relação causal entre a vacinação e quadro clínico apresentado”.
Em nota, o governo informou que “a análise realizada por mais de 10 especialistas apontou que a criança possuía uma doença congênita rara, desconhecida até então pela família, que desencadeou o quadro clínico”. A análise do especialistas se baseou em exames e nos dados do prontuário da paciente no hospital.
Os especialistas detectaram que a menina tem a síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW), condição congênita que leva o coração a ter crises de taquicardia, que podem ocasionar até mesmo a morte súbita.
15 imagens
1 de 15
A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
baona/Getty Images
2 de 15
A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
Igo Estrela/ Metrópoles
3 de 15
A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
Aline Massuca/Metrópoles
4 de 15
Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
ER Productions Limited/ Getty Images
5 de 15
Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
Getty Images
6 de 15
De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
Vinícius Schmidt/Metrópoles
7 de 15
Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
HUGO BARRETO/ Metrópoles
8 de 15
Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
Igo Estrela/ Metrópoles
9 de 15
Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
Divulgação/ Saúde Goiânia
10 de 15
De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
Hugo Barreto/ Metrópoles
11 de 15
Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
Aline Massuca/ Metrópoles
12 de 15
Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
Igo Estrela/Metrópoles
13 de 15
Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
Getty Images
14 de 15
Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
baona/Getty Images
15 de 15
A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Entenda o caso
A menina foi hospitalizada na tarde dessa quarta-feira (19/1), cerca de 12 horas depois de tomar a dose da vacina da Pfizer contra a Covid.
Após o caso de parada cardíaca, a prefeitura de Lençóis Paulista suspendeu a vacinação infantil na cidade.
Em entrevista ao Metrópoles, Anderson Prado, prefeito do município, disse que tomou a decisão por uma questão de segurança e reconheceu que não havia nenhum tipo de relação comprovada entre a aplicação da vacina e a parada cardíaca.
“O que nós fizemos foi uma medida cautelar, de segurança. Não há ainda a comprovação de que há relação entre a vacina e a parada cardíaca. Essa resposta tem que vir de órgãos federais e estaduais”, disse ele, antes do pronunciamento do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo nesta tarde.
A paciente foi internada em uma UTI de um hospital particular da região e permanece em observação. O estado de saúde da menina é estável.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias no Telegram.
Quais assuntos você deseja receber?
Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:
1.
Mais opções no Google Chrome
2.
Configurações
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem pedir para enviar notificações
Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?