Governo de SP anuncia aumento de 73% a salário de professores
Salário inicial será de R$ 5 mil, condicionado a uma mudança na carreira que terá avaliações periódicas de desempenho e desenvolvimento
atualizado
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São Paulo – O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (14/12) um aumento no salário inicial de professores da rede estadual de ensino no início da carreira. De acordo com o governo, o piso passará de R$ 2.886 para R$ 5 mil, para os docentes que trabalham 40 horas semanais.
O aumento, porém, está condicionado a uma mudança na carreira, que inclui avaliações periódicas de desempenho e desenvolvimento. Os professores já contratados poderão escolher se adotarão o novo modelo ou não. Com o novo modelo, acabam as gratificações e bônus que existem atualmente.
Hoje, a rede estadual tem 190 mil professores, o salário inicial é o piso nacional, de R$ 2.886, e os professores fazem provas de periodicamente para avançar na carreira e aumentar o salário, mas as provas medem as mesmas habilidades em todas as fases.
Agora, haverá provas de desempenho e desenvolvimento diferentes a depender do nível de experiência do docente. No primeiro exame, serão avaliados como o professor dá aulas, conhecimentos teóricos e práticos.
Já o desenvolvimento está atrelado a cursos de formação, que serão oferecidos pelo próprio governo do estado ou por instituições autorizadas. Em determinados níveis de carreira, o professor só poderá aumentar seu salário se concluir determinada carga horária de cursos de formação.
Já a conclusão de mestrados e doutorados vai aumentar em 3% ou 5% o salário dos professores em quaisquer fases da carreira. Os mestrados e doutorados profissionais vão dar 5% de reajuste, enquanto os acadêmicos, 3%.
O salário máximo poderá chegar a R$ 13 mil, o que, segundo o secretário do Educação, Rossieli Soares, deverá ocorrer entre 30 a 35 anos de carreira.
“Serão diversos modelos de cursos que serão ofertados pelas próprias secretarias. Hoje o professor faz uma prova de avaliação de desempenho, se ele vai bem, a próxima prova é a mesma coisa. Deveríamos estar medindo coisas distintas em etapas distintas da carreira”, afirmou Soares.
A proposta de aumento será enviada à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo (Alesp) em janeiro, e depende de aprovação dos deputados estaduais para virar lei.