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Governo de Goiás volta atrás e vai liberar pesca esportiva no Araguaia

Texto do decreto que cancela a temporada do rio pelo segundo ano consecutivo será reeditado. Decisão foi tomada após reunião nesta quarta

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Divulgação: Agnaldo Felix/Governo de Goiás
Fim de tarde no Rio Araguaia, em Goiás
1 de 1 Fim de tarde no Rio Araguaia, em Goiás - Foto: Divulgação: Agnaldo Felix/Governo de Goiás

Goiânia – O decreto do Governo de Goiás que cancela a temporada do Rio Araguaia pelo segundo ano consecutivo, em razão da pandemia da Covid-19, gerou reação de prefeitos, empresários e deputados que representam as cidades ribeirinhas da região. Mudanças serão feitas para atender algumas demandas.

Nesta quarta-feira (12/5), durante reunião, o governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que tornará sem efeito a proibição da pesca esportiva e um novo texto de decreto será elaborado para atender o consenso apresentado pelos gestores dos municípios que formam o Vale do Araguaia.

O decreto foi publicado na segunda-feira (10/5) proibindo todas as atividades que podem causar aglomerações, como eventos em geral, instalação de acampamentos, campeonatos esportivos, caminhadas ecológicas e até a pesca esportiva. A multa por descumprimento pode chegar a R$ 500 mil.

A reação imediata dos prefeitos e empresários da região foi quanto à proibição da pesca, algo que não havia ocorrido no ano passado, quando a temporada foi cancelada pela primeira vez. Eles alegam que a atividade é essencial para a sobrevivência da população local e, principalmente, para os guias turísticos.

Cidades do Vale do Araguaia atraem turistas de todo o Brasil, com diferentes interesses, mas um dos principais é a possibilidade de pesca. O texto inicial do decreto publicado na segunda torna tudo proibido de imediato, permitindo apenas a pesca para subsistência, ou seja, das comunidades ribeirinhas.

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Bancos de Areia surgem a partir de junho, com a redução do nível da água, e formam praias, onde turistas costumam instalar acampamentos
Aves no Rio Araguaia
Vista do RIo Araguaia
Parte do Rio Araguaia, em Goiás
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Novo decreto do governo de Goiás mantém proibições no Rio Araguaia e cancela a temporada pelo segundo ano consecutivo

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Bancos de Areia surgem a partir de junho, com a redução do nível da água, e formam praias, onde turistas costumam instalar acampamentos

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Aves no Rio Araguaia

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Iury Santana/Divulgação
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Parte do Rio Araguaia, em Goiás

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Alegações

O primeiro entendimento do corpo técnico do governo foi de que a pesca esportiva pode acarretar aglomerações. A alegação de prefeitos da região e de representantes do guias turísticos é de que a atividade não gera aglomerações e que, além da importância econômica, é feita entre poucas pessoas e com os cuidados sanitários devidos.

Diante do exposto, a secretária de estado do Meio Ambiente, Andrea Vulcanis, que participou da reunião, vai elaborar um novo texto, conforme o que foi discutido. Em relação às demais proibições, como instalação de acampamentos e eventos, as regras devem ser mantidas.

Alguns chegaram a defender a liberação de acampamentos familiares, mas a secretária alegou a dificuldade de fiscalização que isso gera, algo experimentado no ano passado. Não foi divulgada a data para publicação do novo decreto.

Temporada se aproxima

A temporada do Rio Araguaia começa, geralmente, a partir do mês de junho, com o período de estiagem e redução do nível das águas. O surgimento de bancos de areia ao longo do rio é o que atrai o interesse de inúmeros grupos de turistas todos os anos, interessados em construir acampamentos no local.

Eles funcionam como se fossem praias, praticamente. É a chamada “praia dos goianos”. Só em Aruanã, uma das principais cidades da região, cerca de 300 mil turistas costumam visitar o município durante o período de temporada.

O governo tomou conhecimento que antes mesmo de o decreto ser publicado já havia grupos demarcando espaços nos bancos de areia e expressando interesse de instalar acampamentos. A proibição deve ser mantida, defendida, inclusive, pela maioria dos prefeitos.

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