metropoles.com

Governo critica Polícia Federal e sai em defesa da carne brasileira

Segundo o ministro Blairo Maggi, investigações irão tomar outro rumo na medida em que irá ajudar a PF com informações técnicas do setor

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
ERNANI OGATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO
operação carne fraca
1 de 1 operação carne fraca - Foto: ERNANI OGATA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, criticou neste domingo (19/3) a narrativa da Operação Carne Fraca, desencadeada pela Polícia Federal na última sexta (17), que revelou um grande esquema de corrupção envolvendo empresas de alimentos e fiscais do Ministério da Agricultura. Segundo ele, as investigações irão tomar agora um outro rumo na medida em que a pasta irá ajudar a PF com informações técnicas do setor de carnes.

O ministro fez as declarações em entrevista coletiva no Palácio do Planalto após a série de reuniões ocorridas neste domingo. O diretor-geral da PF, Leandro Daiello, participou do encontro com representantes do setor de carnes do País.

Segundo Blairo, ficou acertado no encontro que o Ministério da Agricultura e a PF passarão a atuar juntos nas investigações. “O ministério estará com seus técnicos explicando tecnicamente para os agentes da Polícia Federal o que é certo e o que é errado, na visão dos nossos regulamentos.”

Idiotice
Ele criticou a “narrativa” conduzida pela Polícia Federal na operação, disse que houve “fantasias” e que é uma “idiotice” achar que os produtores colocariam, por exemplo, papelão em embutidos, como foi apontado pelas investigações.

Blairo reclamou ainda que o Ministério da Agricultura não foi consultado pelos policiais e declarou que os técnicos poderiam ter esclarecido pontos que foram considerados irregulares, mas que são práticas permitidas do setor. “Em função da narrativa é que se criou grande parte dos problemas que temos hoje”, afirmou.

Após a entrevista, Blairo disse que não ficaria “batendo boca” com a PF via imprensa. O ministro citou um áudio sobre papelão, em que os investigadores entenderam que o material seria misturado à carne. Para ele, fica claro que os funcionários grampeados estavam falando de embalagens. “É uma idiotice. As empresas gastaram milhões de dólares para conquistar mercados, e vão misturar papelão?”, questionou.

Blairo também citou outro áudio que mostra um dono de frigorífico adquirindo carne de cabeça de porco para usar em linguiça, o que, segundo o ministro, é permitido em determinados produtos e porcentuais: “Por que não estávamos presentes para dizer que cabeça de porco pode ser utilizada ou que ácido ascórbico é vitamina C?”

De acordo com o ministro, a Polícia Federal explicou que a Agricultura era parte da investigação, por isso não foi consultada. A Polícia Federal disse que não iria comentar as declarações do ministro.
O presidente Michel Temer rebateu críticas de integrantes da bancada ruralista no Congresso e de empresários de que a PF cometeu excessos na operação.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?