Silveira acrescentou que não conversou com a Petrobras sobre o conflito e frisou que qualquer medida tomada vai respeitar a governança da companhia. “Ainda não conversei com a Petrobras. O ministério tem um papel muito distinto do da Petrobras”, explicou.
E completou: “Nosso diálogo é permanente com a Petrobras. Primeiro, nós fizemos essa reunião para poder avaliar a crise internacional, chegamos à conclusão de montar esse grupo de trabalho, mas, durante o dia, com certeza, nossos contatos serão intensos, não só com a Petrobras, mas com as distribuidoras, com os outros membros da cadeia de suprimento, para que a gente esteja preparado para possíveis e maiores escaladas internacionais, que eu espero que não aconteçam”.
Ele ainda reforçou que essa escalada foge à esfera de gestão brasileira, e o que cabe ao ministério é acompanhar de perto para que haja “o mínimo risco” de falta de suprimento.
Distribuição de dividendos
Perguntado sobre a distribuição de dividendos extraordinários aos acionistas da Petrobras, Silveira respondeu: “São coisas completamente distintas. Esse assunto não está na mesa”, ressaltou.
Em março, a companhia decidiu pela não distribuição de dividendos avaliados em R$ 43,9 bilhões, o que acarretou em uma queda de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da estatal. A não distribuição dos recursos passou pelo aval do governo federal.
Na votação do Conselho de Administração sobre o tema, cinco conselheiros indicados pelo governo e representantes dos trabalhadores se manifestaram contra a distribuição dos dividendos. Os quatro prepostos de acionistas minoritários votaram a favor da partilha de 100%.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, balança no cargo e vem sido alvo de fritura por integrantes do próprio governo.
Conflito no Oriente Médio