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Governo confirma troca na Petrobras e anuncia novo presidente

Consultor Adriano Pires deverá assumir o lugar do general Joaquim Silva e Luna, exonerado do cargo nesta segunda pelo presidente Bolsonaro

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Luís Macedo/Câmara dos Deputados
Novo presidente da Petrobras, Adriano José Pires Rodrigues
1 de 1 Novo presidente da Petrobras, Adriano José Pires Rodrigues - Foto: Luís Macedo/Câmara dos Deputados

O governo federal oficializou, nesta segunda-feira (28/3), a indicação do economista Adriano José Pires Rodrigues, especialista do setor de óleo e gás, para a presidência da Petrobras, em substituição ao general Joaquim Silva e Luna.

Em nota, o Ministério de Minas e Energia divulgou a relação de indicados para compor o conselho de administração da petroleira, que passará a vigorar a partir da confirmação pela Assembleia Geral Ordinária da empresa, que ocorrerá no próximo dia 13 de abril.

A relação também coloca o engenheiro Rodolfo Landim para o exercício da presidência do conselho de administração.

“O governo renova o seu compromisso de respeito à sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Empresa”, diz a nota do MME.

Especialista no setor de óleo e gás

Adriano José Pires Rodrigues é graduado em Economia, tem doutorado em Economia Industrial pela Universidade de Paris XIII e mestrado em Planejamento Energético. É diretor-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), coordenando projetos e estudos para a indústria de gás natural, a política nacional de combustíveis, o mercado de derivados de petróleo e gás natural.

Foi professor adjunto do Programa de Planejamento Energético da Coppe/UFRJ, exercendo as funções de pesquisador e consultor junto a empresas e entidades internacionais – Unesco, CEE, Bird –, Agência Nacional de Energia Elétrica, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e Unicamp.

E atuou como assessor do diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, além de ter exercido os cargos de superintendente de Abastecimento, de Importação e Exportação de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural.

Último reajuste foi a gota d’água

Esta é a segunda troca na petroleira em um ano. O motivo da mudança são as queixas de Bolsonaro sobre as altas nos preços dos combustíveis.

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No entanto, segundo o relatório semanal da consultoria Global Petrol Prices realizado em início de março de 2022, o Brasil, na verdade, fica em 90º lugar no ranking mundial. O preço médio do litro de gasolina no país custa US$ 1,287. Em real, o valor seria R$ 6,56, muito mais elevado do que em países como a Venezuela, por exemplo
De acordo com o relatório, o país que faz fronteira com o Brasil tem o menor preço da gasolina. Por lá, o litro está custando aproximadamente US$ 0,025
Assim como na Venezuela, o preço da gasolina na Líbia também é um dos mais baixos do mundo. No país localizado no continente africano, o litro do combustível chega a US$ 0,032
No Irã, o litro de gasolina custa cerca de US$ 0,051; na Síria, US$ 0,316; na Argélia, US$ 0,321; na Angola, US$ 0,337; e, no Kuwait, custa US$ 0,346
Até então, na Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, o litro do combustível custa US$ 0,373; no Cazaquistão, US$ 0,400; na Nigéria, US$ 0,400; na Malásia, US$ 0,491; na Bolívia, US$ 0,545; no Catar, R$ 0,577; na Colômbia, US$ 0,624; e, nas Maldivas, custa aproximadamente US$ 0,840
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Durante participação por videoconferência do Congresso Brasil Profundo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a gasolina brasileira é a mais barata do mundo. O pronunciamento aconteceu em meio a mais um aumento no preço do combustível no país

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No entanto, segundo o relatório semanal da consultoria Global Petrol Prices realizado em início de março de 2022, o Brasil, na verdade, fica em 90º lugar no ranking mundial. O preço médio do litro de gasolina no país custa US$ 1,287. Em real, o valor seria R$ 6,56, muito mais elevado do que em países como a Venezuela, por exemplo

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De acordo com o relatório, o país que faz fronteira com o Brasil tem o menor preço da gasolina. Por lá, o litro está custando aproximadamente US$ 0,025

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Assim como na Venezuela, o preço da gasolina na Líbia também é um dos mais baixos do mundo. No país localizado no continente africano, o litro do combustível chega a US$ 0,032

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No Irã, o litro de gasolina custa cerca de US$ 0,051; na Síria, US$ 0,316; na Argélia, US$ 0,321; na Angola, US$ 0,337; e, no Kuwait, custa US$ 0,346

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Até então, na Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, o litro do combustível custa US$ 0,373; no Cazaquistão, US$ 0,400; na Nigéria, US$ 0,400; na Malásia, US$ 0,491; na Bolívia, US$ 0,545; no Catar, R$ 0,577; na Colômbia, US$ 0,624; e, nas Maldivas, custa aproximadamente US$ 0,840

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Na vizinha Argentina, o litro da gasolina custa R$ 0,976; no México, US$ 1,078; nos Estados Unidos, US$ 1,178; na Ucrânia, que está em guerra com a Rússia, até então, o litro da gasolina custa US$ 1,183 e, no Paraguai, US$ 1,208

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A diferença de preço de cada país varia conforme a taxação de impostos, já que todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas submetem diferentes impostos

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No Brasil, a Petrobras anunciou recentemente o aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias. Já o gás de cozinha (GLP), a alta foi de 16,1%. Com o novo reajuste, o valor atual da gasolina no Brasil está acima dos R$ 7,00 por litro

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Em 10 de março, a Petrobras anunciou mega-aumento no valor dos combustíveis nas refinarias – alta de 18,8% na gasolina e 24,9% no diesel. Desde a nova cobrança, o presidente Jair Bolsonaro vinha tecendo críticas à Petrobras.

O preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, alta de 24,9%.

Um dia depois do aumento da empresa, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que altera a regra de incidência do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre combustíveis, e Bolsonaro sancionou. A iniciativa foi uma tentativa de amenizar o repasse da alta dos preços ao consumidor final.

Recentemente, Bolsonaro disse que a empresa cometeu um “crime contra a população” com o reajuste. Também afirmou que o preço dos combustíveis no Brasil é “impagável” e defendeu a privatização da Petrobras.

O presidente chegou a admitir a possibilidade de substituir Silva e Luna, mas ressaltou que não tem poder para interferir na empresa.

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