metropoles.com

Governo chega ao 4° mês sem base sólida e mapa de votos para arcabouço fiscal

Apesar de reunir a segunda maior bancada da Câmara, o governo ainda não teve nenhuma votação que colocasse à prova a base

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
O presidente Lula faz primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto e pede boa relação com o Congresso Nacional. Na imagem ele sentado, pensativo e com a mão no rosto, com bandeiras do Brasil atrás - Metrópoles
1 de 1 O presidente Lula faz primeira reunião ministerial no Palácio do Planalto e pede boa relação com o Congresso Nacional. Na imagem ele sentado, pensativo e com a mão no rosto, com bandeiras do Brasil atrás - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chega ao quarto mês de governo sem uma base aliada consolidada no Congresso Nacional e sem um mapa de votos definidos para viabilizar a aprovação da proposta de nova regra fiscal encaminhada na terça-feira (18/4).

Apesar de reunir a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, o governo ainda não teve nenhuma votação que colocasse à prova os projetos encaminhados às casas. Portanto, não houve comprovação de força da base aliada do presidente.

O teste deve acontecer nas próximas semanas, com a votação do novo arcabouço fiscal. A proposta de arcabouço fiscal apresentada pelo governo federal é um conjunto de regras econômicas a serem obedecidas pela gestão do país. O pacote substituirá o teto de gastos, a atual regra em vigor no país, aprovada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

Partidos aliados

Atualmente, a base de apoio a Lula no Congresso é formada pelos partidos PT, PCdoB, PV, MDB, PSD, PDT, PSB, Psol, Rede, Avante e Solidariedade. Juntos, somam de 222 deputados. Para aprovar projetos de lei e projetos de lei complementar, no entanto, são necessários 257 votos de deputados favoráveis à medida.

Para chegar ao número, nos bastidores falam-se sobre a atuação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pela aprovação do projeto.

Veja:

No mês de março, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad esteve com Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para adiantar o texto da nova regra. O encontro foi pontualmente marcado para antes da viagem de Lula à China. Como a viagem foi adiada, houve atraso na divulgação oficial, o que rendeu maior tempo para as articulações do governo em busca de apoio ao texto.

Prazo de votação

Arthur Lira também já demonstrou apoiar o trâmite célere da medida na Casa, por onde começa a tramitar. Em coletiva, na terça-feira (18/4), o presidente afirmou que a votação até dia 10 de maio seria o “ideal”.

“Temos o desafio de discutir uma reforma tributária no primeiro semestre e queremos ter concluído o Arcabouço. Se concluirmos até 10 de maio, seria o ideal”, afirmou.

Segundo o alagoano, ele tem “confiança plena” de que o texto terá um “bom resultado” no Congresso e a proposta será aprovada acima do quórum da Câmara: “Nós vamos tratar com muita transparência, debate amplo, discussão franca e com a tranquilidade que este texto deve ter, por obrigação mais de 308 votos pelo menos. O quórum constitucional dele é 257, mas nós vamos procurar apoio acima do quórum constitucional.”, disse.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?