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Governo brasileiro negocia compra de vacina contra varíola dos macacos

Organização Mundial da Saúde decretou estado de emergência internacional de saúde pública devido à escalada de casos da doença no mundo

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos
1 de 1 imagem de tubos de ensaio sinalizando resultado positivo para varíola dos macacos - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Ministério da Saúde informou, neste sábado (23/7), que realiza tratativas para a compra da vacina contra a varíola dos macacos. De acordo com a pasta, a aquisição será negociada com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A informação foi divulgada após o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, decretar estado de emergência internacional de saúde pública devido à doença.

Atualmente, apenas um laboratório fabrica o imunizante no mundo, a empresa dinamarquesa Bavarian Nordic, que não tem representante no Brasil. “A OMS coordena junto ao fabricante, de forma global, ampliar o acesso ao imunizante nos países com casos confirmados da doença”, informou o ministério.

A pasta ressaltou que a vacinação em massa “não é preconizada pela OMS em países não endêmicos da doença, como o Brasil”. “A recomendação da vacinação, até o momento, é somente para contatos com casos suspeitos e profissionais de saúde com alto risco ocupacional ao vírus”, divulgou o órgão.

O Ministério da Saúde confirmou, na sexta-feira (22/7), 696 casos de varíola dos macacos no Brasil. Desses, 438 estão no estado de São Paulo, segundo a pasta.

Outros 13 estados registraram casos da doença. São 102 confirmados no Rio de Janeiro, 33 em Minas Gerais, 13 no Distrito Federal, 11 no Paraná, 14 em Goiás e três na Bahia.

Além disso, há dois casos no Ceará, três no Rio Grande do Sul, dois no Rio Grande do Norte, dois no Espírito Santo, três em Pernambuco, um em Mato Grosso do Sul e um em Santa Catarina.

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração
Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC),  "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"
Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história
Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem
O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias
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Recentemente, diversos países têm registrado casos de pacientes diagnosticados com varíola de macaco, doença rara causada pelo vírus da varíola símia. Segundo a OMS, a condição não é considerada grave: a taxa de mortalidade é de 1 caso a cada 100. Porém, é a primeira vez que se tornou identificada em grande escala fora do continente africano

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A doença foi diagnosticada pela primeira vez nos seres humanos em 1970. De acordo com o perfil dos pacientes infectados atualmente, maioria homossexual ou homens que fazem sexo com homens (HSH), especialistas desconfiam de uma possível contaminação por via sexual, além de pelo contato com lesões em pessoas doentes ou gotículas liberadas durante a respiração

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Segundo o Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), "qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode espalhar a varíola de macacos por contato com fluidos corporais ou itens compartilhados (como roupas e roupas de cama) contaminados"

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Inicialmente, a varíola de macacos é transmitida por contato com macacos infectados ou roedores, e é mais comum em países africanos. Antes do surto atual, somente quatro países fora do continente tinham identificado casos na história

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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Por ser uma doença muito parecida com a varíola, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação

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Apesar de relativamente rara e transmissível, os especialistas europeus afirmam que o risco de um grande surto é baixo

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Em casos severos, o tratamento inclui antivirais e o uso de plasma sanguíneo de indivíduos imunizados

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Sala de situação

Em maio deste ano, o Ministério da Saúde criou uma sala de situação para acompanhar a escalada de casos de varíola dos macacos no Brasil. Naquela época, ainda não havia notificação de casos suspeitos da doença no Brasil.

No dia 11 de julho, a sala foi descontinuada. O encerramento das atividades ocorreu justamente quando o número de casos começou a aumentar no país. Na época, o número de registros era de 218 casos positivos.

Em nota, o Ministério da Saúde explicou que as atividades realizadas pela sala de situação foram transferidas para a Secretaria de Vigilância em Saúde do órgão.

Técnicos da área realizam “monitoramento dos casos, análise do perfil epidemiológico das notificações, orientação das ações de vigilância e a divulgação diária da situação de casos no país”, detalhou a pasta.

Emergência internacional

A decisão da OMS sobre tornar a doença uma emergência internacional foi tomada após reunião do comitê de especialistas que analisa a situação do vírus ao redor do mundo, na última quinta-feira (21/7).

Segundo Tedros Adhanom, no decorrer do encontro, o grupo não conseguiu chegar a um consenso sobre transformar ou não a doença em emergência internacional.

Tedros, no entanto, decidiu alterar o status de alerta do vírus mesmo sem uma decisão do comitê. “Temos um surto que se espalhou rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão sobre os quais entendemos muito pouco”, disse.

De acordo com a OMS, no atual surto, já foram computados 16 mil casos de varíola dos macacos em 75 países.

 

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