Governo brasileiro autoriza compra das vacinas Sputnik V e Covaxin
Extratos de dispensa de licitação das vacinas da Rússia e Índia foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU)
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério da Saúde autorizou a dispensa de licitação para a compra das vacinas contra Covid-19 Sputnik V e Covaxin, o que, na prática, permite a aquisição dos imunizantes. Os extratos foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (19/2).
No caso da Sputnik V, vacina da Rússia que será produzida no DF, a aquisição terá o custo de R$ 693,6 milhões. Já a compra da vacina da Índia deve ser orçada em R$ 1,614 bilhão. Não há especificação sobre a quantidade das doses contratadas. Pelo cronograma do governo federal, serão entregues, a partir do próximo mês, 20 milhões de doses da Covaxin e 10 milhões da Sputnik V.
A dispensa de licitação é permitida pela Medida Provisória nº 1.026, que prevê medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística destinados à imunização contra o novo coronavírus.
Uso emergencial
O Ministério da Saúde colocou a condição de só fazer o pagamento dos valores previstos na compra se houver autorização de uso emergencial ou registro dos imunizantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.
A Sputnik V demonstrou eficácia de 91,6% contra o novo coronavírus, segundo estudo publicado no início de fevereiro pela revista científica The Lancet. A proteção contra quadros moderados e graves chegou a 100%.
A vacina da Índia está em uso emergencial no seu país de origem, mas tem dados de eficácia ainda desconhecidos. A Covaxin é fabricada pela Bharat Biotech, representada no Brasil pela Precisa Medicamentos.