Governo Bolsonaro reestrutura EBC e demite 45 comissionados
Demissões atingem funcionários do Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Maranhão
atualizado
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Quatro dias depois da “inspeção surpresa” feita pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Alberto dos Santos Cruz, na sede da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no Rio de Janeiro, a direção da empresa anunciou, nesta segunda-feira (28/1), a reestruturação dos seus quadros e a redução de 45 cargos em comissão. As demissões atingem funcionários não só no Rio, mas também em Brasília, São Paulo e Maranhão. Nem todos deixarão a empresa por serem servidores de carreira.
A nota da EBC comunicando os afastamentos informa ainda que, a partir desta terça (29), o Repórter Brasil Maranhão, programa jornalístico local da TV Brasil naquele estado, deixará de ser exibido. A ideia é de reduzir o quadro em 30%, em um primeiro momento.
Em um primeiro momento, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia anunciado que extinguiria a EBC. Agora, a intenção é juntar os quadro da TV Brasil, a chamada TV pública, criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a NBR, TV que faz as transmissões oficiais do governo em um só núcleo. Além disso, o governo quer limitar os cargos em comissão ao mínimo possível e que esses postos, preferencialmente, sejam ocupados por funcionários de carreira.
Na “visita surpresa” do general Santos Cruz à EBC-Rio, na semana passada, depois de percorrer andares e salas da empresa, ele encomendou, no RH, um relatório sobre quantas pessoas e cargos tem cada setor, a folha de ponto e a informação sobre quem é funcionário de carreira e quem é comissionado.
Em nota, a direção da EBC comunicou a reestruturação da empresa. Informa ainda que “o objetivo das mudanças é adequar a empresa à meta de otimizar despesas, com vistas à sustentabilidade até 2022, conforme estabelecida no Planejamento Estratégico da Empresa”.