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Governo Bolsonaro é acusado na OIT de genocídio e ameaça à democracia

Antonio Neto, da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) fez as acusações em Genebra nesta terça (7/6). Representante do governo rebateu

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Presidente da República, Jair Bolsonaro, concede coletiva sobre combustíveis no palacio planalto 1
1 de 1 Presidente da República, Jair Bolsonaro, concede coletiva sobre combustíveis no palacio planalto 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O representante da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de genocídio e de representar uma ameaça à democracia em discurso na manhã desta terça-feira (7/6), durante a 110ª Conferência Internacional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra. Diante das acusações, a delegação do governo na reunião pediu direito de resposta.

“O governo brasileiro, que tem uma agenda negacionista e economicamente cruel, que produziu um genocídio na pandemia com quase 670 mil mortos – taxa de mortalidade quatro vezes maior que a média mundial –, promove um tensionamento em nossa democracia”, defendeu.

Este ano, Antonio Neto chefia a delegação dos trabalhadores brasileiros na reunião anual da OIT, agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O presidente do Brasil estimula a desconfiança do sistema eleitoral, incentiva a desarmonia entre os Poderes e atiça seus seguidores a perseguir a imprensa, a oposição e o Judiciário”, completou.

Durante o pronunciamento, o delegado da CSB apontou, ainda, que a pandemia “expôs o colapso do sistema econômico global, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil”.

“A desindustrialização, a queda da renda, o desmonte do Estado, a precarização do trabalho, o enfraquecimento dos sindicatos e as desigualdades produzidas pelo neoliberalismo foram implacáveis com os mais vulneráveis. Governos que prometeram estabilidade entregaram miséria e uma absurda concentração de renda”, frisou o líder trabalhista.

Segundo ele, a situação brasileira é agravada por um governo que “relega a segundo plano valores como demoracia, humanismo e tolerância”.

Resposta do governo

Após o discurso, a delegação brasileira na conferência solicitou aos organizadores do evento o direito de se pronunciar. O representante do Itamaraty, Vismar Ravagnani Duarte Silva, segundo secretário na Missão Permanente do Brasil em Genebra, citou os índices de vacinação no território brasileiro e ressaltou políticas de governo, entre elas, programas de redistribuição de renda.

“Para enfrentar os efeitos devastadores da pandemia de Covid-19 no mundo do trabalho, o governo brasileiro promulgou programas bem-sucedidos de retenção de emprego, que garantiu empregos para 11 milhões de trabalhadores, e transferência de renda, que forneceu ajuda imediata para quase 70 milhões pessoas, com foco nos mais vulneráveis.

Segundo o diplomata brasileiro, “a desigualdade de renda voltou aos níveis pré-pandemia e vem diminuindo desde então. Atualmente, o programa Auxilio Brasil atinge mais de 18 milhões de famílias”. Ele ainda defendeu que o nível de desemprego “está agora em seu nível mais baixo desde 2015, ou seja, 10,5%”.

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