Governo bloqueia lotes da Coronavac com o uso suspenso pela Anvisa
São 12,1 milhões de doses produzidas pela Sinovac, na China, em fábrica não inspecionada e aprovada
atualizado
Compartilhar notícia
O Ministério da Saúde divulgou, nesta segunda-feira (6/9), que os 25 lotes das vacinas Covid-19 da Coronavac interditados cautelarmente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último sábado (4/9) estão bloqueados no Sistema de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Ao todo, são 12,1 milhões de doses produzidas pela Sinovac, na China, em fábrica não inspecionada e aprovada pela agência na Autorização de Uso Emergencial do imunizante. O local também não foi inspecionado por outras agências reguladoras internacionais.
A medida vale por até 90 dias. As doses foram enviadas pela Sinovac, parceira do Instituto Butantan no desenvolvimento e na produção da Coronavac.
Agora, com as doses entregues ao Ministério da Saúde, “os lotes passarão por todo o processo rígido do controle de qualidade, inclusive a análise e liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da pasta”, diz a pasta.
A pasta também diz que o intuito é evitar que as doses sejam movimentadas até que a agência reguladora finalize a investigação sobre o caso. O ministério solicita ainda que os lotes interditados sejam separados dos demais e mantidos em quarentena na temperatura de +2 °C a +8 °C.
E as que já foram distribuídas ou aplicadas?
No caso das doses de Coronavac já distribuídas ou aplicadas, a pasta diz que elas estão sendo rastreadas pelas equipes técnicas responsáveis e serão monitoradas e controladas até a decisão final da Anvisa.
O Ministério da Saúde orienta ainda que as doses administradas sejam registradas nos sistemas de informação de Saúde:
- Sistema do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI);
- e-SUS AB ou;
- Sistemas próprios que interoperem com o SI-PNI por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Para os cidadãos vacinados com doses desses lotes, a recomendação é que eles sejam acompanhados, durante 30 dias, pelos gestores locais do Sistema Único de Saúde (SUS). Eles serão responsáveis por avaliar possíveis eventos adversos.