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Governo autoriza reforço de 8,5 mil homens das Forças Armadas no Rio

As equipes ficarão no estado até o dia 31 de dezembro. Desta vez, a segurança será de “inteligência”, sem patrulhamento ostensivo

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GILSON BORBA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
EXÉRCITO COMEÇA A ATUAR NAS RUAS DE VITÓRIA DURANTE PARALISAÇÃO DA PM.
1 de 1 EXÉRCITO COMEÇA A ATUAR NAS RUAS DE VITÓRIA DURANTE PARALISAÇÃO DA PM. - Foto: GILSON BORBA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Michel Temer autorizou na tarde desta sexta-feira (28/7) o emprego das Forças Armadas para a “Garantia da Lei e da Ordem no Estado do Rio de Janeiro”. O decreto presidencial foi publicado nesta sexta, em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU). As equipes ficarão no Estado até o dia 31 de dezembro.

“O emprego das Forças Armadas será precedido de aprovação do planejamento de cada operação pelos ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e Chefe do Gabinete de Segurança Institucional”, diz o texto.

Um reforço de 8,5 mil militares já está nas ruas do Rio para reforçar a segurança no Estado nesta sexta-feira (28/7). Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as Forças Armadas começaram uma operação de “reconhecimento” das áreas do Estado conflagradas pelo crime. Nesta primeira fase, os militares informaram que farão uma ambientação do território, dividido em regiões. Terão o apoio de 620 agentes da Força Nacional de Segurança e 1120 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) – 740 desses já estavam no Rio.

O ministro ressaltou que as tropas vão atuar em operações de inteligência (coleta de informações) integradas com as polícias Civil e Militar. Como em entrevista anteriores, Jungmann ressaltou que as Forças Armadas não vão fazer patrulhamento ostensivo – o que aconteceu em outras operações, como durante a Copa do Mundo e a Olimpíada.

Também não haverá ocupação de territórios pelos militares. As Forças Armadas, porém, recorrerão a blitze no trânsito, como as iniciadas nesta sexta-feira, para produzir inteligência.

“Nós vamos atuar pontualmente. Não será uma ação de ocupação de território como fizemos, por exemplo, no Complexo da Maré. Isso dá uma sensação de segurança, mas quando nos retiramos, volta a situação de medo”, justificou.

Desta vez, as equipes dos militares colherão informações que serão usadas posteriormente em ações específicas. Essas mesmas equipes participarão dessas operações de combate ao crime. “Não estamos dizendo que vamos resolver o problema em um passe de mágica, mas queremos dizer que estamos dispostos a trabalhar duro, e vocês podem nos cobrar”, disse.

Centro das preocupações
Após assinar um decreto que autoriza o uso das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer gravou um vídeo, publicado na tarde desta sexta nas redes sociais, para justificar a medida.

Segundo o presidente, o emprego das Forças Armadas está amparado pela Constituição Federal. “O objetivo da missão é defender a integridade da população, preservar a ordem pública e garantir o funcionamento das instituições”, destacou Temer.

O presidente disse ainda que o agravamento da situação de segurança pública no Rio está no centro das preocupações de seu governo. “Ao longo do meu governo acompanho e instruo os meus ministérios a tomar as medidas necessárias para enfrentar esse desafio”, disse. “A medida de hoje em relação ao Rio é mais um passo no combate a essa situação que hoje inquieta e angústia todos os brasileiros, particularmente os moradores do Rio”, completou.

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